man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Aung San Suu Kyi Is Free...
Após sete anos de cativeiro, foi finalmente libertada hoje a Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e lider da oposição na Birmânia. O primeiro sinal da libertação foi a retirada das apertadas barreiras policiais junto à sua casa, onde estava detida em prisão domiciliária. Já ontem cerca de 1500 pessoas manifestavam-se nesse local, apelando à sua libertação e gritando palavras de ordem contra a junta militar birmanesa que governa o país. No entanto e na minha modesta opinião, esta libertação funciona apenas como uma espécie de engodo...
Há uma semana houve eleições gerais no país, que foram classificadas por alguns observadores internacionais como uma fraude e fantochada. Por isso, acho que a libertação de Aung San poderá ser uma manobra por parte da junta militar para obter algum reconhecimento internacional que legitime esse escurtínio.
O Secretário Geral da ONU já veio congratular-se publicamente com a libertação da Prémio Nobel e líder da Liga Nacional para a Democracia (LND) e apelou à junta militar birmanesa que não alargue o prazo de condenação e que termine com todas as restrições às deslocações e actividades da Nobel da Paz. Ban Ki-moon acrescentou ainda que a democracia e a reconciliação nacional exigem que todos os cidadãos birmaneses sejam livres de participar como querem na vida política do seu país e considerou que a dirigente birmanesa é um exemplo para o mundo. Salil Shetty, secretário geral da Aministia Internacional, também já se pronunciou afirmando que a libertação de Aung San Suu Kyi é certamente bem-vinda, mas constitui apenas o fim de uma condenação injusta que foi pronunciada ilegalmente e não representa de forma nenhuma uma concessão das autoridades. Também Barak Obama, congratulou-se hoje com a libertação da líder da oposição birmanesa, apelidando-a de minha heroína e aproveitou para reclamar a libertação de todos os presos políticos ainda detidos nesse país asiático.
Nos últimos vinte e um anos, Aung San Suu Kyi esteve presa dezassete, sem acesso ao exterior, sem telefone, televisão e Internet e sem poder receber visitas.
Desde que ganhei alguma consciência política, mesmo sem o manifestar publicamente, tornei-me logo um fervoroso defensor dos direitos humanos e da liberdade democrática e de expressão conscientes; Para mim esta é, sem dúvida, uma notícia que merece a minha celebração, mesmo que seja solitário e interior o meu profundo regozijo. Sei que a Birmânia fica lá do outro lado do mundo, que a minha opinião pouco conta para esta questão em particular mas, talvez com pequenos gestos como este, de manifestação pública de alegria por este acontecimento politico, se possa chamar a atenção para outras Aung San, espalhadas por este mundo fora, até bem mais perto de nós e para todas as formas de silenciamento e de repressão que ainda persistem, mesmo nesta sociedade democrática e dita civilizada onde vivemos.
Recentemente, no concerto dos U2 em Coimbra, relembrei Aung San e a sua luta, homenageada pela banda quando tocaram Walk On, uma música escrita em sua homenagem. Esta é, sem qualquer dúvida, a música do dia!
Sós contamos pouco mas, se dermos as mãos, mesmo individualmente e no seio de cada um de nós, mas com um objectivo comum de paz, justiça e liberdade, faremos certamente deste mundo um local bem melhor para se viver! Podemos começar na nossa casa, na nossa rua, na nossa família, no nosso grupo de amigos e por aí fora... É que estas coisas contagiam-se e não há melhor forma de propagação de ideais justos do que através do... exemplo! Eu acredito que podemos fazer deste mundo, um local bem melhor e ainda mais feliz para se ser... feliz!
E a lua, sempre atenta e vigilante, irá certamente sorrir muito mais vezes quando puser os olhos em nós e neste planeta tão belo.
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3 comentários
De Violação de direitos humanos a 14.11.2010 às 14:25
Cá também acontecem coisas bárbaras e ninguem quer saber. Eu fui detido 2x por visitar o meu Pai doente e acamado sem a autorização da minha madrasta, além disse foi marcado julgamento. Devido a isso estive mais de um ano sem ver o meu Pai. Tinha visto o meu Pai no hospital há cerca de 10 meses vi-o agora 2 dias antes de morrer, ele acabou por morrer em condições desumanas, isto é monstruoso. A justiça tratou o meu Pai como uma coisa que estava num canto à espera da morte e ninguem quer saber disto. É este o país do faz de conta e das aparências onde se abafam violações de direitos humanos cá dentro e se divulgam as que acontecem noutros países com o objectivo iludir as pessoas.
Aconteceu isto e muito mai. Como eu critiquei a justiça agora estou a ser perseguido tal como haviam perseguições aos opositores do regime antes do 25 de Abril. Até custas chegaram a inventar, agora até penhoraram alguns bens meus. Em relação a isto em geral a comunicação social não quer saber ou seja é cumplice, no entanto divulga o que se passa noutros países. Preocupam-se com maus tratos a animais mas não em relação a seres humanos, esses são por vezes tratados abaixo de cão.
De Juveina Pereira a 14.11.2010 às 18:48
Abaixo o poder cão morde sem distinção.
De sm a 14.11.2010 às 23:23
Quando se vem dizer que os juízes ganham muito e se justificam que é para não se deixarem corromperem, então eu como leigo cidadão sou obrigado a pensar, que afinal a corrupção tem um preço, mas as barbaridades que têm acontecido nas decisões judiciais não são proporcionais aos vencimentos. Pois temos uma justiças cheia de suspeições.
Ninguém está acima da lei, mas em Portugal não é o que se verifica, a justiça acobarda-se e é obscura.
Os todo poderosos que decidem de qualquer forma, são intocáveis. Enquanto o comum dos cidadãos quando erra é responsabilizado. Muito mais haveria para falar desta tão nobre classe que só nos envergonha.