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The Shins – Heartworms

Sexta-feira, 17.03.17

Editado no passado dia dez de março pela Columbia Records, Heartworms é o quinto e novo registo discográfico dos norte-americanos The Shins de James Mercer, onze canções que servem-se de fortes referências ao nosso quotidiano para construir o panorama lírico de um alinhamento que pende não só para a folk e para a indie pop mais adocicada e acessível, mas também para alguns laivos de experimentalismo e psicadelia, abordagens possibilitadas por uma instrumentação sempre radiante e com o bónus de constatarmos que Mercer continua a alcançar elevados parâmetros e patamares de qualidade na sua intepretação vocal.

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Os The Shins são um caso peculiar e bastante interessante no universo musical índie porque apesar da longevidade ainda vão só no quinto registo da sua carreira. Para eles parece não haver regras ou imposições temporais e esta espécie de ligeireza e despreocupação, como se a banda fosse para os seus membros uma espécie de passatempo que está ali para quando lhes apetecer, mas que quando passa para primeiro plano é abordada com frenesim, acaba por se refletir, indubitavelmente, no conteúdo sonoro dos vários alinhamentos que vão apresentando aos seus ávidos fãs.

Certamente reflexo de mais uma salutar dose de mistura entre uma visão irónica do mundo atual e das experiências pessoais mais recentes de James Mercer, Heartworms é, sonoramente, reflexo desta intrincada relação, ou seja, não contém uma única canção que possa ser encaixada facilmente num determinado perfil, mas sim um conjunto de temas que quer isoladamente quer no seu todo refletem toda a amálgama que inspira este coletivo norte-americano e que, salvo raras exceções, são sempre frenéticos, rápidos e incisivos e claros e diretos na mensagem que transmitem, mesmo que esteja subentendida numa qualquer espécie de piada ou jogo de palavras. Excepção e este perfil em Heartworms, observa-se na cândura de Mildenhall e na solenidade de The Fear.

Assim, se Name For You, o tema de abertura, é um desfile sónico de pop acessível e radiante e se existe uma new wave de forte intensidade e com um misto de nostalgia e contemporaneidade a balizar Painting A Hole, já a forte cadência das cordas eletrificadas que conduzem Rubber Ballz e a epicidade de Dead Alive servem para ampliar a paleta sonora disponível, como se a rede que capta os diferentes espetros sonoros do grupo desse uma volta de trezentos e sessenta graus sobre si própria. Analisando numa outra perspetiva, se há quem prefira um determinado psicoativo específico em determinados instantes da vida, para Mercer uma embriaguez sonora apanha-se com toda a pafernália que houver à disposição e que o arsenal instrumental presente possa proporcionar.

Impregnado com letras de forte cariz irónico, que abordam, neste caso, uma atmosfera de ideias relacionadas com a terra e, consequentemente, uma abordagem impressionista à morte, parece-me, Heartworms tem um resultado final intrincado e buliçoso e que atesta esse ecletismo algo incomum e de forte cariz identitário dos The Shins. Espero que aprecies a sugestão…

The Shins - Heartworms

01. Name For You
02. Painting A Hole
03. Cherry Hearts
04. Fantasy Island
05. Mildenhall
06. Rubber Ballz
07. Half A Million
08. Dead Alive
09. Heartworms
10. So Now What
11. The Fear

 

 

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publicado por stipe07 às 10:26






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