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Gruff Rhys – Bad Friend

Sexta-feira, 19.01.24

Enquanto os míticos Super Furry Animals permanecem numa pausa mais ou menos indefinida, Gruffydd Maredudd Bowen Rhys, nascido em dezoito de julho de mil novecentos e setenta no País de Gales, continua a cimentar a sua bem sucedida carreira a solo com álbuns onde vai testando progressivamente novas fórmulas um pouco diferentes do rock alternativo com toques de psicadelia da banda de onde é originário.

O seu último exercício criativo foi Seeking New Gods, em dois mil e vinte e um, numa demanda que teve início em dois mil e quatro com Yr Atal Genhedlaeth, um disco divertido e cantado inteiramente no idioma galês. Dois anos depois, com Candylion, o músico atingiu ainda maior notoriedade, num trabalho que contou com a participação especial do grupo de post rock Explosions in The Sky, além da produção impecável de Mario Caldato Jr, que já trabalhou com os Beastie Boys e os Planet Hemp, entre outros. Em dois mil e onze, com Hotel Shampoo, Gruff apostou em composições certinhas feitas a partir de uma instrumentação bastante cuidada, que exalava uma pop pura e descontraída por quase todos os poros.

Três anos depois, em dois mil e catorze, o galês regressou com American Interior, a banda sonora de um filme onde Rhys era o ator principal e embarcava numa viagem musical pela América repetindo a aventura do explorador e seu antepassado, John Evans, no século dezoito. Em dois mil e dezoito, Babelsberg ampliou até um superior nível qualitativo a visão incomum de Rhys relativamente aqueles que o músico considerava ser os grandes eixos orientadores de uma pop alicerçada num salutar experimentalismo e onde não existem limites para a simbiose entre diferentes estilos musicais e, no ano seguinte, com Pang!, o músico galês viajou da psicadelia folk ao funk, passando pela tropicalia e o jazz, num verdadeiro festim sonoro global.

Agora, no arranque de dois mil e vinte e quatro, Gruff Rhys regressa aos álbuns à boleia de Sadness Sets Me Free, um alinhamento de dez canções que terá a chancela da Rough Trade. Será o oitavo trabalho do músico e Celestial Candyfloss, a terceira canção retirada do alinhamento de Sadness Sets Me Free, foi, como certamente se recordam, o single de apresentação de mais um tomo de canções que deverão olhar para o indie rock de cariz eminentemente experimental e psicadélico com elevada gula. Essa é, pelo menos, a impressão que a audição de Celestial Candyfloss transpareceu e também a de Silver Lining (Lead Balloons), o segundo single retirado do disco, no passado mês de novembro.

Agora, já a poucos dias da edição de Sadness Sets Me Free, há mais um single do registo para escutar, a segunda composição do alinhamento do disco. Chama-se Bad Friend, contém um travo jazzístico delicioso e nela o piano domina os acontecimentos. Depois, a bateria acompanha exemplarmente o andamento melódico que as teclas conferem à canção e, numa vasta miríade de arranjos de cordas e de sopros e de diversas interseções, entre as quais se destaca o violino, fica completa a trama que abastece Bad Friend, uma composição que brinca sobre o conceito do bom amigo e que já tem direito a um curioso vídeo protagonizado pelos próprio Gruff Rhys e dirigido por Mark James. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:49

Gruff Rhys – Celestial Candyfloss

Quarta-feira, 11.10.23

Enquanto os míticos Super Furry Animals permanecem numa pausa mais ou menos indefinida, Gruffydd Maredudd Bowen Rhys, nascido em dezoito de julho de mil novecentos e setenta no País de Gales, continua a cimentar a sua bem sucedida carreira a solo com álbuns onde vai testando progressivamente novas fórmulas um pouco diferentes do rock alternativo com toques de psicadelia da banda de onde é originário.

Gruff Rhys Unveils New Track and Video "Celestial Candyfloss" - Northern  Transmissions

O seu último exercício criativo foi Seeking New Gods, em dois mil e vinte e um, numa demanda que teve início em dois mil e quatro com Yr Atal Genhedlaeth, um disco divertido e cantado inteiramente no idioma galês. Dois anos depois, com Candylion, o músico atingiu ainda maior notoriedade, num trabalho que contou com a participação especial do grupo de post rock Explosions in The Sky, além da produção impecável de Mario Caldato Jr, que já trabalhou com os Beastie Boys e os Planet Hemp, entre outros. Em dois mil e onze, com Hotel Shampoo, Gruff apostou em composições certinhas feitas a partir de uma instrumentação bastante cuidada, que exalava uma pop pura e descontraída por quase todos os poros. Três anos depois, em dois mil e catorze, o galês regressou com American Interior, a banda sonora de um filme onde Rhys era o ator principal e embarcava numa viagem musical pela América repetindo a aventura do explorador e seu antepassado, John Evans, no século dezoito. Em dois mil e dezoito, Babelsberg ampliou até um superior nível qualitativo a visão incomum de Rhys relativamente aqueles que o músico considerava ser os grandes eixos orientadores de uma pop alicerçada num salutar experimentalismo e onde não existem limites para a simbiose entre diferentes estilos musicais e, no ano seguinte, com Pang!, o músico galês viajou da psicadelia folk, ao funk, passando pela tropicalia e o jazz, num verdadeiro festim sonoro global.

No início de dois mil e vinte e quatro, Gruff Rhys vai regressar aos álbuns à boleia de Sadness Sets Me Free, um alinhamento de dez canções que terá a chancela da Rough Trade. Será o oitavo trabalho do músico e Celestial Candyfloss, a terceira canção retirada do alinhamento de Sadness Sets Me Free, é o single de apresentação de mais um tomo de canções que deverão olhar para o indie rock de cariz eminentemente experimental e psicadélico com elevada gula. Essa é, pelo menos, a impressão que a audição de Celestial Candyfloss transparece. É uma composição intensa, que fala sobre a busca do amor e da aceitação, com um forte pendor classicista e sinfónico, conferido por uma secção de cordas vibrante e onde vão deambulando diversos elementos percurssivos, orgÂnicos e sintéticos, com um piano a abrilhantar a destreza melódica de uma canção que nos oferece uma curiosa viagem no tempo, porque nunca deixa de ter, por incrível que pareça, um travo de contemporaneidade em toda uma amálgama que foi eficazmente idealizada e minuciosamente plasmada. Confere o vídeo de Celestial Candyfloss, dirigido por Mark James e o artwork e a tracklist de Sadness Sets Me Free...

Sadness Sets Me Free
Bad Friend
Celestial Candyfloss
Silver Lining (lead balloons)
On The Far Side Of The Dollar
They Sold My Home To Build A skyscraper
Peace Signs
Cover up The Cover Up
I Tended My Resignation
I’ll Keep Singing

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publicado por stipe07 às 15:49

Bill Ryder-Jones – This Can’t Go On

Quarta-feira, 27.09.23

Cinco anos depois do excelente registo Yawn, o britânico Bill Ryder-Jones está de regresso ao formato longa-duração à boleia de lechyd Da, o seu quinto registo, um disco que, de acordo com o próprio autor, é o trabalho mais ambicioso da sua carreira. lechyd Da teve como grande inspiração e conceito impulsionador o lado mais obscuro do amor, abordando, ao longo de treze canções, os sentimentos de perca, medo, dor e escuridão, mas tendo sempre como pano de fundo os ideais de beleza e de esperança, conferindo um tom de positividade e luz ao registo.

Bill Ryder-Jones on weighty new LP 'Yawn': “It's a really good time for  people to hear musicians being honest” • Interview • DIY Magazine

This Cant' Go On, o primeiro single revelado de lechyd Da, contém essa faceta simultaneamente reflexiva e empolgante que irá, certamente, marcar o álbum. A canção é um portento de epicidade, simultaneamente labiríntica e majestosa, uma composição conduzida por um piano melodicamente astuto, apoiado por um efeito planante que vai ajustando a sua rugosidade ao registo vocal interpretativo de Bill. O tema tem uma introdução algo soturna, mas rapidamente ganha dimensão, num resultado final com um charme sofisticado e bastante atraente.

Confere This Can't Go On e o vídeo do tema, assinado por James Slater, que capta filmagens do autor enquanto criança, no País de Gales, onde passava férias frequentemente e a tracklist de lechyd Da que, já agora, em galês significa good health (boa saúde)...

I Know That It’s Like This (Baby)
A Bad Wind Blow In My Heart pt. 3
If Tomorrow Starts Without Me
We Don’t Need Them
I Hold Something In My Hand
This Can’t Go On
…And The Sea…
Nothing To Be Done
It’s Today Again
Christinha
How Beautiful I Am
Thankfully For Anthony
Nos Da

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publicado por stipe07 às 13:47

Los Campesinos! – I Love You (But You’re Boring)

Quinta-feira, 03.08.23

Paul Heaton e Dave Rotheray eram a dupla que liderava, nos anos oitenta e noventa, o projeto britânico The Beautiful South, que tem doze álbuns no seu catálogo e que se estreou em mil novecentos e oitenta e nove com um extraordinário disco chamado Welcome to The Beautiful South, um alinhamento de onze canções que encerrava com uma tocante canção intitulada I Love You (But You’re Boring) e que acaba de ser revista pelos galeses Los Campesinos!.

Los Campesinos : NPR

A versão que a banda natural de Cardiff, atualmente formada por Gareth Paisey, Neil Turner e Tom Bromley acaba de publicar, consegue, de modo incrivelmente impressivo, manter intocável o espírito simultaneamente melancólico e tocante desse original assinado pelos The Beautiful South e induzir a um tema com quase três décadas e meia, um jogo colorido de referências que, da folk à eletrónica, impressiona pelo modo como cordas e teclas interagem entre si, com superior mestria. Vale bem a pena ouvir o original e comparar com a cover assinada pelos Los Campesinos!, que não lançam nenhum trabalho em formato longa duração desde o registo Whole Damn Body, de dois mil e vinte e um. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:07

Sweet Baboo – The Wreckage

Segunda-feira, 30.01.23

Já chegou aos escaparates The Wreckage, o sétimo disco de Stephen Black, um músico e compositor natural de Cardiff, no País de Gales, que assina a sua música como Sweet Baboo e que tem já uma profícua carreira de quinze anos, que tem sido acompanhada com particular interesse por cá. The Wreckage tem um alinhamento de nove canções e chegou às lojas no passado dia vinte e sete de janeiro, com a chancela da etiqueta Amazing Tapes From Canton.

Sweet Baboo – The Worry - man on the moon

The Wreckage foi gravado nos estúdios StudiOwz, em Clarbeston, Pembrokeshire, região do País de Gales, com nomes como Paul Jones, Georgia Ruth, Davey Newington e Huw Evans, aka H. Hawkline, a constarem nos créditos de um registo misturado por Jimmy Robertson, produtor que já deixou a sua impressão digital em discos dos Arctic Monkeys, Anna Calvi e Late of the Pier, entre outros.

Ao longo de um excelente alinhamento de nove canções, a voz singular e de narrativa sensível, do cantor e compositor ocasionalmente surreal, Sweet Baboo, também conhecido como o polímata musical multi-instrumentista Stephen Black, retorna ao corte, impulso e cacofonia do mundo da música, embalando-nos ao som da sua companheira de sempre, uma guitarra descomplicada, enquanto derrama histórias ternas no nosso ouvido. De facto, enquanto dedilha fios de nylon na mesma e canta sobre raparigas que olham pelas janelas quadriculadas dos cafés, pescadores envelhecidos que lançam linhas sob o céu azul-acinzentado e cães amados e indomáveis que esticam as suas longas patas ao sol, este enigmático Sweet Baboo, um músico com visão e grande decorador do que é aparentemente apenas mundano, oferece-nos, canção após canção, uma verdadeira ode à tragédia, à comédia e à magnificência, neste mundo que nunca deixa de girar, sejam quais forem as circunstâncias com que as nossas vidas se deparem.

Cheio de grandiosas composições, assente em cordas vibrantes, sopros enleantes e um registo percussivo encharcado num groove irresistível, um modus operandi que sustenta um disco com agulhas viradas para um perfil sonoro de forte pendor jazzístico, The Wreckage volta a mostrar um Sweet Baboo irrepreensivel no modo multicolorido como conjuga diversas influências, que vão da folk à synth pop, sempre num registo algo infantil e até despreocupado, enquanto salda uma dívida de meia década consigo mesmo, que tinha como propósito arquitetar o disco mais intrincado e grandioso da carreira. De facto, ninguém pode contestar que The Wreckage é uma obra de idiossincrasia silenciosa e repleto de observações surreais e oblíquas, despretensiosamente envoltas na névoa de uma voz viscosa, por um artista exímio a domar uma instrumentação exuberante e sobrenatural.Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 14:11

Sweet Baboo – The Worry

Quinta-feira, 26.01.23

Está a chegar aos escaparates The Wreckage, o sétimo disco de Stephen Black, um músico e compositor natural de Cardiff, no País de Gales, que assina a sua música como Sweet Baboo e que tem já uma profícua carreira de quinze anos, que tem sido acompanhada com particular interesse por cá. The Wreckage terá um alinhamento de nove canções e irá ver a luz do dia amanhã, dia vinte e sete de janeiro, com a chancela da etiqueta Amazing Tapes From Canton.

Sweet Baboo returns with kids TV-inspired 'The Worry' ahead of seventh  album | FrontView Magazine

The Worry é o single mais recente divulgado de The Wreckage. É uma grandiosa composição, inspirada naquela saudosa época em que as televisões funcionavam a preto e branco, assente em cordas vibrantes, sopros enleantes e um registo percussivo encharcado num groove irresistível, um modus operandi que faz adivinhar um disco com agulhas viradas para um perfil sonoro de forte pendor jazzístico e que irá certamente voltar a mostrar um Sweet Baboo irrepreensivel no modo multicolorido como conjuga diversas influências, que vão da folk à synth pop, sempre num registo algo infantil e até despreocupado. Confere...

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publicado por stipe07 às 18:53

Manic Street Preachers – Covers

Quarta-feira, 06.07.22

Um ano depois de Ultra Vivid Lament, um registo de originais que consolidou a já habitual forte veia política dos galeses Manic Street Preachers, de James Bradfield e que colocou a banda na estrada, o projeto volta a surpreender pelo fulgor e pela capacidade de inovar e de reinventar as suas propostas, com um novo alinhamento de dezassete canções intitulado Covers que, como o próprio nome indica, reúne versões de alguns dos temas preferidos dos músicos da banda.

Arte SonoraManic Street Preachers, Tudo Sobre o Novo Álbum "The Ultra Vivid  Lament" | Arte Sonora

As composições que fazem parte desta compilação foram interpretadas pelos Manic Street Preachers ao longo da sua já vasta carreira de mais de duas décadas, quer em concertos ao vivo, quer em sessões de gravação mais intimistas, com especial destaque para as que decorreram nos estúdios da BBC. O registo contém reinterpretações de originais de nomes tão díspares como Madonna, Cure, Gun's N' Roses, Nirvana e Rihanna, entre outros, interpretadas por músicos exemplares e cantadas por um Bradfield sempre exímio e contundente a dissertar sobre algumas questões importantes da sociedade ociental contemporânea e a refletir sobre os diferentes rumos que o mundo tem tomado.

Como é óbvio, as canções foram revistas indo ao encontro do típico adn sonoro dos Manic Strret Preachers, feito de um rock sempre musculado e incisivo, feliz a cruzar teclas e guitarras elétricas e acústicas, mas também tremendamente melódico. Independentemente disso, as versões mantêm intacta a identidade dos inéditos, num resultado final bastante curioso e que merece dedicada audição por todos aqueles que se interessam pela história da pop e do rock das últimas décadas. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 13:04

Manic Street Preachers – The Secret He Had Missed (feat. Julia Cumming)

Quarta-feira, 21.07.21

A forte veia política mantem-se bastante ativa nos galeses Manic Street Preachers, de James Bradfield, uma banda com mais de vinte anos de carreira, mas que continua a surpreender pelo fulgor e pela capacidade de inovar e de reinventar as suas propostas, sem descurar a sua herança e algumas das tendências sonoras atuais que mais agradam aos seus seguidores. Tudo isto está bem patente em Orwellian e The Secret He Had Missed, os singles mais recentes do grupo e primeiros avanços divulgados de The Ultra Vivid Lament, o décimo quarto registo dos Manic Street Preachers, sucessor do aclamado compêndio Ressistance Is Futile, de dois mil e dezoito.

Manic Street Preachers, Tudo Sobre o Novo Álbum "The Ultra Vivid Lament" |  Arte Sonora

The Ultra Vivid Lament chegará aos escaparates no ocaso deste verão, mais concretamente a três de setembro e terá como convidados especiais Mark Lanegan, dos Screaming Trees, e Julia Cumming, dos Sunflower Bean.

The Secret He Had Missed é exatamente o tema que conta com a participação especial de Julia Cumming, uma composição particularmente melancólica, assente numa vertente instrumental frenética e densa mas melodiosa, feliz a cruzar teclas e guitarras elétricas e acústicas e onde Bradfield continua a escrever de modo particularmente reflexivo, neste caso sobre um amor antigo que ficou gravado de modo indelével numa praia algures em França.

O tema tem também já direito a um vídeo bastante cinematográfico, interpretado pela também galesa Aimee-Ffion Edwards e realizado por Kieran Evans, que já assinou diversos vídeos dos Manic Street Preachers. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:11

Manic Street Preachers – Orwellian

Sexta-feira, 21.05.21

A forte veia política mantem-se bastante ativa nos galeses Manic Street Preachers, de James Bradfield, uma banda com mais de vinte anos de carreira, mas que continua a surpreender pelo fulgor e pela capacidade de inovar e de reinventar as suas propostas, sem descurar a sua herança e algumas das tendências sonoras atuais que mais agradam aos seus seguidores. Tudo isto está bem patente em Orwellian, um novo single do grupo e primeiro avanço divulgado de The Ultra Vivid Lament, o décimo quarto registo dos Manic Street Preachers, sucessor do aclamado compêndio Ressistance Is Futile, de dois mil e dezoito, que chegará aos escaparates no ocaso do próximo verão, mais concretamente a três de setembro e que terá como convidados especiais Mark Lanegan, dos Screaming Trees, e Julia Cumming, dos Sunflower Bean.

Manic Street Preachers anuncia novo álbum e libera o primeiro single -  PurePop

Orwellian é, portanto, e como não podia deixar de ser, uma composição assente numa vertente instrumental fortemente elétrica, densa mas melodiosa, uma percussão vincada e uma voz apaixonada, interpretada por um Bradfield que continua a escrever letras fortemente reflexivas sobre algumas questões importantes da sociedade ociental contemporânea e a refletir sobre os diferentes rumos que o mundo tem tomado e como o progresso, neste caso o que envolve o digital e as redes sociais, é, por estranho que possa parecer, tantas vezes prejudicial ao bem estar e à felicidade de cada um, porque nos tem feito viver constantemente numa espécie de guerra cultural. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:12

Gruff Rhys – Pang!

Quarta-feira, 25.09.19

Enquanto os míticos Super Furry Animals permanecem numa pausa mais ou menos indefinida, Gruffydd Maredudd Bowen Rhys, nascido em dezoito de julho de mil novecentos e setenta no País de Gales, continua a cimentar a sua bem sucedida carreira a solo com álbuns onde vai testando progressivamente novas fórmulas um pouco diferentes do rock alternativo com toques de psicadelia da banda de onde é originário. O seu mais recente exercício criativo é Pang!, o sexto registo de originais deste seu percurso a solo, iniciado há década e meia com Yr Atal Genhedlaeth, um disco divertido e cantado inteiramente no idioma galês. Dois anos depois, com Candylion, o músico atinge ainda maior notoriedade com esse projeto que a crítica descreveu como delicado e repleto de bons arranjos e onde se destacou também a participação especial do grupo de post rock Explosions in The Sky, além da produção impecável de Mario Caldato Jr, que já trabalhou com os Beastie Boys e os Planet Hemp, entre outros. Em dois mil e onze, com Hotel Shampoo, Gruff apostou em composições certinhas feitas a partir de uma instrumentação bastante cuidada, que exalava uma pop pura e descontraída por quase todos os poros. Três anos depois, em dois mil e catorze, o galês regressou com American Interior, a banda sonora de um filme onde Rhys era o ator principal e embarcava numa viagem musical pela América repetindo a aventura do explorador e seu antepassado, John Evans, no século dezoito. Já em dois mil e dezoito, Babelsberg ampliou até um superior nível qualitativo a visão incomum de Rhys relativamente aqueles que o músico considerava ser, há uns dezoito meses, os grandes eixos orientadores de uma pop alicerçada num salutar experimentalismo e onde não existem limites para a simbiose entre diferentes estilos musicais.

Resultado de imagem para Gruff Rhys Pang!

Com nove canções repletas de onomatopeias, produzidas pelo produtor Sul Africano Muzi, sendo grande parte delas cantadas em galês e com alguns trechos em zulu, Pang!, um disco que tem, curiosamente, nome inglês, proporciona ao ouvinte uma sequência bastante criativa de canções que sobrevivem essencialmente à custa de uma elevada luminosodade nas cordas, muitas vezes trespassadas quer por elementos percurssivos variados, quer por instrumentos de sopros, utilizados quase sempre para adornar melodicamente e para conferir a cada composição o seu cariz identitário, ajudando assim a cimentar o ecletismo do alinhamento.

Portanto, da psicadelia folk do tema homónimo, passando pela perene acusticidade de Eli Haul, pelo funk com travo a tropicalia de Bae Bae Bae, pela forte toada jazzística de Digidigol, pela solarenga Ara Deg (Ddaw’r Awen), a melhor composição do disco, e pelo piscar de olhos à melhor herança do índico em Taranau Mai e à do Adriático em Annedd Im Danedd, Pang! é um verdadeiro festim sonoro global, uma viagem à volta do mundo, mas também uma viagem no tempo, esta última algo atípica porque nunca deixa de haver um travo de contemporaneidade em toda a amálgama que é possível destrinçar canção após canção e que foi eficazmente idealizada e minuciosamente plasmada.

Disco coeso, dinâmico e de certo modo concetual, Pang! é um marco intenso e flamejante na trajetória individual deste músico, um disco que transporta um infinito catálogo de sons e díspares referências que parecem alinhar-se apenas na cabeça e nos inventos nada óbvios de Rhys. Espero que aprecies a sugestão...

Gruff Rhys - Pang!

01. Pang!
02. Bae Bae Bae
03. Digidigol
04. Ara Deg (Ddaw’r Awen)
05. Eli Haul
06. Niwl O Anwiredd
07. Taranau Mai
08. Ôl Bys / Nodau Clust
09. Annedd Im Danedd

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publicado por stipe07 às 18:31






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