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Sun June – Bad Dream Jaguar

Sexta-feira, 24.11.23

Bad Dream Jaguar é o fantástico título do novo trabalho do projeto norte-americano Sun June, um quinteto sedeado em Austin, no Texas e formado por Laura Colwell, Michael Bain, Justin Harris, Sarah Schultz e Stephen Salisbury. Bad Dream Jaguar é o terceiro disco dos Sun June, que se estrearam em dois mil e dezoito com o registo Years, um alinhamento que teve sucessor três anos depois, com o álbum Somewhere.

Sun June 'Bad Dream Jaguar' Interview

Bad Dream Jaguar viu a luz do dia no final deste mês de outubro com a chancela da Run For Cover e tem fantásticas canções num alinhamento que vale bem a pena destrinçar. Uma delas é, por exemplo, Get Enough, uma canção que versa, de acordo com a vocalista Laura Colwell, sobre o sonho impossível que ela guarda dentro de si, de que os The Beatles se irão reunir um dia, foi, no final de agosto, como todos certamente se recordam, o primeiro single retirado do seu alinhamento. Refiro-me muito em particular a esta composição, como forma de suscitar no leitor a curiosidade relativamente a um disco que impressiona pelo modo como toca, enquanto navega nas águas escorreitas de uma indie pop, com um delicioso travo a folk, em que cordas, sintetizadores e diferentes nuances percussivas se afagam, com enorme mestria, sedução, romance, lisergia e mistério.

Easy Violence e John Prine, respetivamente a sexta e sétima canções do trabalho, são outras duas canções contundentes e fortemente imersivas, assim como Mixed Bag, uma canção com elevado travo folk, assente em cordas luminosas, um baixo discreto, mas omnipresente e diversos entalhes proporcionados por teclas e bateria, com o registo vocal bastante sedutor de Laura Colwell a ser o detalhe decisivo para conferir ao tema e a todo o disco, uma imagem de marca que é já caraterística indelével do adn Sun June, mestres na criação de canções sempre íntimas, melancolicamente reluzentes e particularmente gráficas. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 20:24

Black Pumas – Chronicles Of A Diamond

Terça-feira, 21.11.23

A dupla Black Pumas, formada por Eric Burton e Adrian Quesada, estreou-se nos lançamentos discográficos com um registo homónimo lançado em dois mil e dezanove, um álbum que venceu sete Grammys e recebeu imensos elogios por parte da crítica especializada. Agora, quatro anos depois dessa auspiciosa estreia, a dupla volta a impressionar à boleia de Chronicles of a Diamond, um registo de dez composições produzidas pelo próprio Adrian Quesada e que burilam, ainda mais, uma mescla de estilos, nomeadamente o rock, a soul, o blues, o jazz e o funk psicadélico, um modus operandi que faz já parte do adn Black Pumas.

Black Pumas no NOS Alive - Expresso

Honestidade, charme, entrega e uma enorme soul, são alguns dos conceitos chave de um registo que coloca o rock num pedestal com intenso brilho. E o melhor rock é, sem qualquer espécie de dúvida, aquele que agrega descaradamente diferentes nuances, bebe de várias fontes, não teme piscar o olho ao aqui e ao acolá, fazendo tudo isso sem perder a essência marcante de uma forma de criar música que tem, sem qualquer sombra de dúvida e desde os anos cinquenta do século passado, na classe operária negra do lado de lá do atlântico uma das suas grandes forças motrizes. Os Black Pumas são detentores sapientes dessa herança identitária, uma filosofia interpretativa que conhecem melhor que ninguém, porque lhes está no sangue esta faceta simultaneamente híbrida e agregadora, aliada a uma pouco usual empatia entre a dupla, que só se explica pela forte amizade que une Burton e Quesada.

Assim, em Chronicles Of A Diamond embarcamos numa fuastosa viagem roqueira até um universo sonoro feito de majestosidade instrumental, assente quase sempre em cordas eletrificadas com o têmpero certo. É um rock que não se inibe, em momento algum de dar espreitadelas incisivas ao melhor funk jazz contemporâneo, com o amor e as relações passionais ou familiares a estarem na linha da frente do ideário lírico de um rgisto fortemente entalhado e embrulhado numa constante tonalidade psicadélica.

Canções como Angel, composição simultaneamente initmista e intrincada, feita de quase cinco minutos simultaneamente singelos, hipnóticos e plenos de emoção, Mrs. Postman, um divertido e insinuante tema, que impressiona pelo modo como um piano pleno de soul, exemplarmente tocado por JaRon Marshall, convidado especial da dupla, o sustenta, para depois ir recebendo diversos elementos percussivos repletos de groove e More Than A Love Song, a luminosa canção que abre o alinhamento de Chronicles of a Diamond e que assenta numa bateria que marca um ritmo repleto de groove, que recebe depois, de braços abertos, arranjos de cordas agéis e guitarras exuberantes, que versam sobre a simplicidade da vida e o modo como as dificuldades podem ser ultrapassadas se nos unirmos a quem nos quer bem e à comunidade onde vivemos, do mesmo modo que fazem os pássaros quando voam sincronizados todos juntos, são apenas três exemplos, neste álbum, que nos mostram que os Black Pumas não tiveram medo de arriscar e assumir durante a sua concepção, sem apelo nem agravo, a impressiva criatividade e maturidade que já os identifica enquanto projeto musical,

Exímios a contar eventos aparentemente ordinários, mas que ganham, através do seu registo interpretativo exemplar, uma amplitude sentimental ímpar, os Black Pumas criaram, ao segundo disco, uma obra prima discográfica entusiasmante, que leva o ouvinte a rir e a chorar, a refletir e a levitar, ao som de quase quarenta e três minutos feitos com um rock dançante, sensual e tremendamente cativante. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:41

Molly Burch – Daydreamer

Quinta-feira, 12.10.23

Dois anos depois do excelente registo Romantic Images, lançado no verão de dois mil e vinte e um e que na altura sucedeu ao excelente First Flower de dois mil e dezanove, a cantora e compositora Molly Burch está de regresso ao formato longa duração com Daydreamer, o seu quinto trabalho, um registo de dez canções, que viu recentemente a luz do dia, com a chancela da Captured Tracks.

Molly Burch announces new album 'Daydreamer' • News • DIY Magazine

Esta artista natural de Austin, no Texas, sente-se claramente confortável naquele terreno sonoro que se carateriza por ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, tendo sempre como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual, que tem tido quase sempre, nas diversas propostas conhecidas mais relevantes, um cariz retro indisfarçável.

É esta a filosofia estilística que norteia o conteúdo de Daydreamer, um álbum muito confessional, como é apanágio em Molly Burch, até porque procura recriar no seu conteúdo alguns dos momentos mais marcantes da sua infância e adoescência e do processo de descoberta da sua própria intimidade e do modo como aprendeu a lidar e a crescer, no contacto com aqueles que a rodearam, com os seus traumas, frustrações e medos.

Canções como Physical, um portento de sensualidade, ou Daydreamer, composição efusiva, que impressiona pelo modo como o refrão sobrevive em redor de um ritmo repleto de groove, marcado por palmas, um buliçoso piano, várias sintetizações cósmicas e uma guitarra charmosa, são exemplos paradigmáticos de um modus operandi que, no fundo, acaba tabém por ser muito feminino, charmoso e emotivo, mesmo tendo um propósito que, à partida, poderá parecer algo perturbador, já que versa imenso sobre insegurança e vulnerabilidade. Tattoo é outro extraordinário tema que cumpre essa função tão íntima. É uma canção dedicada a Lena Loucks, a melhor amiga da juventude de Molly, que faleceu quando ambas tinham dezanove anos, é outra composição que plasma as virtudes interpretativas da autora enquanto contadora de histórias tão suas, num processo de exorcização certamente consciente e que é transversal a todo o conteúdo de Daydreamer. O próprio vídeo de Tattoo acentua essa tónica saudosista, já que contou, na sua concepção, com a colaboração de Mia Loucks, irmã de Lena e nele vê-se a falecida amiga de Molly em algumas situações do quotidiano, evocando, assim, com ímpar beleza e simplicidade, a memória de alguém que era certamente muito especial.

Daydreamer proporciona ao ouvinte uma experiência auditiva única e que dificilmente o deixará indiferente, caso seja apreciador de ambientes sonoros que não deixam de marcar pelo modo como instigam, porque podem ter um perfil claramente identificativo, mas que sonoramente são brisas amenas que proporcionam uma superior sensação de conforto e de esperança. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 13:14

Sun June – Mixed Bag

Domingo, 08.10.23

Bad Dream Jaguar é o fantástico título do novo trabalho do projeto norte-americano Sun June, um quinteto sedeado em Austin, no Texas e formado por Laura Colwell, Michael Bain, Justin Harris, Sarah Schultz e Stephen Salisbury. Bad Dream Jaguar será o terceiro disco dos Sun June, que se estrearam em dois mil e dezoito com o registo Years, um alinhamento que teve sucessor três anos depois, com o álbum Somewhere.

Meet Sun June: The Austin rockers reimagining pop's classic vocabulary

Bad Dream Jaguar irá ver a luz do dia no final deste mês de outubro com a chancela da Run For Cover e Get Enough, uma canção que versa, de acordo com a vocalista Laura Colwell, sobre o sonho impossível que ela guarda dentro de si, de que os The Beatles se irão reunir um dia, foi, no final de agosto, como todos certamente se recordam, o primeiro single retirado do seu alinhamento.

Depois, em pleno mês de setembro, cerca de três semanas depois dessa novidade, houve nova extração de composições do alinhamento de Bad Dream Jaguar em formato single e em dose dupla, os temas Easy Violence e John Prine, respetivamente a sexta e sétima canções do trabalho, duas canções contundentes e fortemente imersivas. Agora, no início de outubro, Mixed Bag, a terceira composição do disco, é o novo tema que os Sun June revelam em formato single. Mixed Bag é uma canção com elevado travo folk, assente em cordas luminosas, um baixo discreto, mas omnipresente e diversos entalhes proporcionados por teclas e bateria, com o registo vocal bastante sedutor de Laura Colwell a ser o detalhe decisivo para conferir ao tema uma imagem de marca dos Sun June, a criação de canções sempre íntimas, melancolicamente reluzentes e particularmente gráficas. Confere...

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publicado por stipe07 às 12:46

Molly Burch - Tattoo

Domingo, 17.09.23

Dois anos depois do excelente registo Romantic Images, lançado no verão de dois mil e vinte e um e que na altura sucedeu ao excelente First Flower de dois mil e dezanove, a cantora e compositora Molly Burch está de regresso ao formato longa duração com Daydreamer, o seu quinto trabalho, um registo de dez canções, que será lançado daqui a duas semanas, no final deste mês de setembro, com a chancela da Captured Tracks.

Molly Burch - Nelsonville Music Festival

Esta artista natural de Austin, no Texas, sente-se mais confortável naquele terreno sonoro que se carateriza por ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, tendo sempre como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual, que tem tido quase sempre, nas diversas propostas conhecidas mais relevantes, um cariz retro indisfarçável. Esta filosofia estilística estava muito bem patente em Physical, a segunda canção do alinhamento de Daydreamer e a primeira a ser retirada do registo em formato single, que tivemos o privilégio de contemplar, em primeira mão, há cerca de três semanas. Depois desse tema que se movia em areias movediças sensuais e algo sombrias, que piscavam o olho à melhor pop oitocentista, foi possível escutar, na terceira semana de agosto, Unconditional, o segundo single retirado de Daydreamer, uma canção efusiva, que impressionou pelo modo como o refrão estava construído em redor de um ritmo repleto de groove, marcado por palmas, um buliçoso piano, várias sintetizações cósmicas e uma guitarra charmosa.

Agora, quando o disco está quase a ver a luz do dia, é possível conferir Tattoo, o novo single retirado do alinhamento do registo e, certamente, uma das canções mais emotivas do conteúdo de Daydreamer. A canção, produzida por por Jack Tatum ( Wild Nothing) e que conta com a participação vocal de Hannah Kim, é uma maravilhosa balada, encharcada em cordas delicadas, um piano tocante e vocalizações profundamente emotivas. É uma canção dedicada a Lena Loucks, a melhor amiga da juventude de Molly, que faleceu quando ambas tinham dezanove anos. O próprio vídeo do tema acentua essa tónica saudosista, já que contou, na sua concepção, com a colaboração de Mia Loucks, irmã de Lena e nele vê-se a falecida amiga de Molly em algumas situações do quotidiano, evocando, assim, com ímpar beleza e simplicidade, a memória de alguém que era certamente muito especial. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:25

Sun June – Get Enough

Sexta-feira, 25.08.23

Bad Dream Jaguar é o fantástico título do novo trabalho do projeto norte-americano Sun June, um quinteto sedeado em Austin e formado por Laura Colwell, Michael Bain, Justin Harris, Sarah Schultz e Stephen Salisbury. Bad Dream Jaguar será o terceiro disco da banda texana, que se estreou em dois mil e dezoito com o registo Years e que teve sucessor três anos depois, com o álbum Somewhere e irá ver a luz do dia no final de outubro com a chancela da Run For Cover.

Meet Sun June: The Austin rockers reimagining pop's classic vocabulary

Canção que versa, de acordo com a vocalista Laura Colwell, sobre o sonho impossível que ela guarda dentro de si, de que os The Beatles se irão reunir um dia, Get Enough é um tratado de indie folk rock contundente e fortemente imersivo. É uma canção com uma tonalidade crescente, que inicia com um dedilhar de uma guitarra que é rapidamente abraçada por um baixo enleante e por uma bateria imponente, que vai afagar, ao longo do tema, a inserção de diversas nuances e detalhes debitadas por uma segunda guitarra, até ao momento em que as cordas se eletrificam definitivamente, num resultado final imponente, abrasivo, falsamente caótico e particularmente gráfico. Confere Get Enough e o artwork e a tracklist de Bad Dream Jaguar...

Eager
16 Riders
Mixed Bag
Moon Ahead
Ambitions
Easy Violence
John Prine
Sage
Washington Square
Get Enough
Texas
Lightning

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publicado por stipe07 às 16:12

Molly Burch - Unconditional

Segunda-feira, 21.08.23

Dois anos depois do excelente registo Romantic Images, lançado no verão de dois mil e vinte e um e que na altura sucedeu ao excelente First Flower de dois mil e dezanove, a cantora e compositora Molly Burch está de regresso ao formato longa duração com Daydreamer, o seu quinto trabalho, um registo de dez canções, que será lançado a vinte e nove de setembro, com a chancela da Captured Tracks.

Molly Burch Debuts "Took A Minute" - Northern Transmissions

Esta artista natural de Austin, no Texas, sente-se mais confortável naquele terreno sonoro que se carateriza por ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, tendo sempre como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual, que tem tido quase sempre, nas diversas propostas conhecidas mais relevantes, um cariz retro indisfarçável. Esta filosofia estilística estava muito bem patente em Physical, a segunda canção do alinhamento de Daydreamer e a primeira a ser retirada do registo em formato single, que tivemos o privilégio de contemplar, em primeira mão, há cerca de três semanas. Agora, depois desse tema que se movia em areias movediças sensuais e algo sombrias, que piscavam o olho à melhor pop oitocentista, já é possível escutar Unconditional, o segundo single retirado de Daydreamer. É uma canção efusiva, que impressiona pelo modo como o refrão é construído em redor de um ritmo repleto de groove, marcado por palmas, um buliçoso piano, várias sintetizações cósmicas e uma guitarra, num resultado final que, como seria de esperar e já foi referido acima realtivamente a Physical, tem a melhor herança da pop de há quatro décadas atrás em declarado ponto de mira. Confere... 

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publicado por stipe07 às 15:56

Molly Burch – Physical

Sexta-feira, 28.07.23

Dois anos depois do excelente registo Romantic Images, lançado no verão de dois mil e vinte e um e que an altura sucedeu ao excelente First Flower de dois mil e dezanove, a cantora e compositora Molly Burch está de regresso ao formato longa duração com Daydreamer, o seu quinto trabalho, um registo de dez canções, que será lançado a vinte e nove de setembro, com a chancela da Captured Tracks.

Molly Burch announces new album 'Daydreamer' | DIY Magazine

Esta artista natural de Austin, no Texas, sente-se mais confortável naquele terreno sonoro que se carateriza por ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, tendo sempre como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual. Esta filosofia estilística está muito bem patente em Physical, a segunda canção do alinhamento de Daydreamer e a primeira a ser retirada do registo em formato single. Já com direito a um vídeo assinado por Paige Strabala, Physical move-se em areias movediças sensuais e algo sombrias, que piscam o olho à melhor pop oitocentista, tendo sido, de acordo com Burch, a primeira canção que ela e o produtor Jack Tatum, líder dos Wild Nothing, gravaram para o registo e a que acabou pr definir a restante tonalidade sonora do seu alinhamento. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:29

Letting Up Despite Great Faults – Crumble EP

Sexta-feira, 07.04.23

Pouco mais de um ano depois de ter chegado aos escaparates IV, o quarto registo de originais dos Letting Up Despite Great Faults, um coletivo com raízes em Austin, no Texas e formado por Mike Lee (voz, guitarra), Kent Zambrana (baixo), Annah Fisette (voz, guitarra) e Daniel Schmidt (bateria), a banda está de regresso com mais um naipe de canções, que dão vida a um EP intitulado Crumble «, um alinhamento de quatro temas que não desilude os apreciadores daquela indie pop com forte travo shoegaze.

Crumble EP | Letting Up Despite Great Faults

Com uma sonoridade geral simultaneamente vibrante e luminosa, mas também densa e intrincada, Crumble mescla, nas suas quatro composições, diversos modos de interpretar as inúmeras possibilidades que a guitarra elétrica proporciona. Assim, tanto podemos encontrar distorções abrasivas, como efeitos ecoantes, ou então, uma espécie de agregação destas duas nuances, sempre com enorme sentido melódico. Depois, esta grande marca identitária do registo é aprimorada pelo intrigante registo vocal sempre susssurrante e ecoante de Mike Lee e por um baixo vibrante, que nunca descura detalhes típicos da pop e do punk dos anos oitenta. Além disso, uma bateria e uma secção rítmica geralmente aceleradas, como se percebe logo em The Do-Over, mas também na sujidade lo fi da nostálgica e planante Vanity/Losing e, principalmente, na efusiantemente metálica Ricochet, são outros alicerces que sustentam um fantástico tratado de indie noise melódico, que impressiona também porque é claramente diferenciado, contendo, portanto, uma marca identitária muito vincada.

Crumble é, em suma, um EP vibrante e intenso. Os sintetizadores, que também são uma imagem de marca dos Letting Up Despite Great Faults, porque deram sempre um travo muito shoegaze às canções da banda, são, desta vez, substituidos por uma maior primazia dada à orgânica das cordas, fazendo com que estes pouco mais de doze minutos que dura Crumble, exalem um indie pop muito caraterístico, puro e cheio de emoção. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:39

Molly Burch – Cozy Christmas & December Baby

Sexta-feira, 23.12.22

Quem também não escapou à febre das canções de Natal, foi a norte-americana Molly Burch que lançou, bem a tempo de iluminar ainda mais as bandas sonoras da época festiva que se avizinha, duas novas composições alusivas à efeméride. Chamam-se Cozy Christmas e December Bay e surgem na sequência de um disco de natal que a artista lançou em dois mil e dezanove e que continha uma bela mistura de canções assinadas pela própria Molly e covers de originais de nomes tão míticos como John Early ou Kate Berlant.

Molly Burch Falls in Love with Pop on 'Romantic Images' - Austin Monthly  Magazine

Nestas duas novas canções de Natal, a cantora e compositora natural de Austin, no Texas, navega no terreno que se sente mais confortável e que se carateriza por ambientes deslumbrantes emotivos e algo jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, mas que têm como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual. Se o primeiro tema, Cozy Christmas, assenta num registo eminentemente radiofónico, December Baby é uma daquelas baladas de Natal que não deixam ninguém indiferente. Duas canções díspares, que materializam um lançamento sonoro impecavelmente dotado de charme e tremendamente feminino, com um clima assumidamente polido e contemporâneo, mas também algo intrigante e instigador, como é norma nesta autora sempre disponível ao questionamento contundente, quer sobre si própria quer sobre aqueles ou aquilo que a incomodam ou atiçam, mesmo que seja Natal. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:12






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