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Phantogram - Voices

Quarta-feira, 12.03.14

Editado no passado dia dezoito de fevereiro pela Republic Records, Voices é o segundo disco da dupla norte americana Phantogram, natural de Greenwich, em Nova iorque e formada por Josh Carter (voz, guitarras) e Sarah Barthel (voz, teclas). Voices sucede a Nightlife, o disco de estreia da dupla, lançado em 2011.

Vivemos um período em que no universo sonoro indie e alternativo abundam os projetos que apostam em ambientes sonoros assentes numa eletrónica de cariz eminentemente pop, muitas vezes misturada com detalhes caraterísticos do rock, ou seja, feita com sons sintetizados, ressuscitados muitas vezes nos anos oitenta ou no trip-hop da década seguinte, misturados com guitarras com um apreciável nível de distorção e batidas e elementos da percussão que dão um certo travo R&B e algo obscuro ao clima geral.

Ao segundo disco os Phantogram apontam para estas bases sonoras, uma espécie de synthpop moderno, com um forte cariz urbano, num disco que aplica com apreciável mestria sintetizdores que vão-se enfiando por vários caminhos, alguns deles bem patentes, por exemplo, em Fall In Love e guitarras que melodicamente procuram territórios algo sombrios que em Nothing But Trouble, o interessante tema de abertura, remetem, por exemplo, para as propostas mais recentes de uma certa banda britânica, oriunda de Oxford e liderada por Thom Yorke. Escuta-se um clima envolvnete e sensual, que abre o apetite para o que vem a seguir, a melhor sequência do álbum, constituida por Black Out Days e na tal Fall in Love, duas canções com refrões marcantes, a voz de Sarah empilhada em várias camadas e uma improvável colagem de samples, que dá um tempero especial, particularmente na segunda canção.

Voices está impecavelmente produzido e envolto numa aúrea de mistério muito sedutora. E isso acentua-se quando se percebe que uma importante aposta neste disco parece ser a opção por canções com uma toada algo lenta e contemplativa; Temas como Bad Dreams, que incorpora uma peculiar bateria acústica e The Day You Died, canção que mistura muito bem guitarras e sintetizadores, têm na componente melódica, eminentemente romântica e introspetiva, uma correspondência clara com letras sombrias e pouco otimistas, com a própria voz de Sarah a acentuar todo este cenário algo sofrido.

O resto do disco tem alguns momentos igualmente expressivos, com temas como Never Going Home e I Don't Blame You a procurarem envolver o ouvinte num clima fortemente emocional, compatível com a lentidão de Bill Murray, algo quebrado por Howl At The Moon e Celebrating Nothing, duas canções que se aproximam da toada incial de Voices.

O fim do álbum chega com My Only Friend, uma bela melodia, com arranjos que dão à canção uma densidade particularmente rica e detalhada e ficamos com a sensação que escutámos uma banda que tem uma capacidade impar para nos afundar num colchão de sons eletrónicos que satirizam a eletrónica retro e, simultaneamente, mostrar-nos algumas pistas em relação ao futuro próximo de parte da eletrónica. Espero que aprecies a sugestão... 

01 Nothing But Trouble
02 Black Out Days
03 Fall in Love
04 Never Going Home
05 The Day You Died
06 Howling at the Moon
07 Bad Dreams
08 Bill Murray
09 I Don't Blame You
10 Celebrating Nothing
11 My Only Friend

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publicado por stipe07 às 20:37






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