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Holy Holy – Paint

Quinta-feira, 09.03.17

A Austrália é o local de origem dos Holy Holy, uma dupla formada por Tim Carroll e o guitarrista e compositor Oscar Dawson, dois músicos oriundos de Brisbane e Melbourne, respetivamente e, em tempos, professores de inglês no sudoeste da Ásia. Ambos mudaram-se para a Europa em 2011, com Carroll a fixar-se em Estocolmo, na Suécia e Dawson em Berlim, na Alemanha. Depois, num reencontro de ambos na primeira cidade, resolveram fazer música juntos, tendo sido criadas aí as primeiras demos em conjunto, que foram, depois, aprimoradas na Austrália, dando origem a estes Holy Holy. Em 2015 o projeto, já com o baterista Ryan Strathie, estreou-se nos discos com o excelente When The Storms Would Come, que já tem finalmente sucessor. O sempre difícil segundo álbum dos Holy Holy chama-se Paint e nele deambulam dez canções que foram compostas com a dupla quase sempre, durante o processo de incubação, salutarmente incómoda, já que quiseram ir contra o seu próprio instinto e vontade, que costumava divagar em redor de sonoridades eminentemente folk, com o resultado a constituir-se, no seu todo, como algo de mais arriscado, mas também preciso e minimal, do que o disco de estreia.

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Em Paint os Holy Holy ampliam largamente o seu espetro sonoro, num disco onde alguns riscos foram tomados e nem sempre calculados, mas com o resultado final a ser bastante compensador. Acaba por haver uma espécie de osmose de vários detalhes típicos de sonoridades, que da eletrónica à já referida folk, passando pela pop mais radiofónica e o rock alternativo, dão ao disco e à banda este cariz eclético, tão bem plasmado, por exemplo, no funk do baixo e nas batidas de That Message, nos sons sintetizados vintage que abastecem True Lovers, na grandiosidade da guitarra que conduz Willow Tree e na amplitude e luminosidade de Gilded Age. O resultado final acaba por ser uma vista panorâmica para diversas interseções que, curiosamente, não têm nada de caótico, já que percebe-se que a seleção dos arranjos e do arsenal instrumental obedeceu à procura de uma conssonância com a componente lírica, além de ter resultado de um arrojado processo de filtragem fina do que de melhor cada subgénero sonoro teria para oferecer aos dez temas. 

Com artwork da autoria de James Drinkwater, um artista expressionista natural de Newcastle, Paint comprova o modo como estes Holy Holy são exímios em conseguir confundir-nos com um celebração indulgente e inspirada dos melhores sons do passado sem ousarem afastar-se do melhor clima indie do rock atual, além de impressionarem pela alegria e pelo modo poético, corajoso, denso e sofisticado com que controem canções com uma beleza ímpar e até certo ponto onírica. Espero que aprecies a sugestão...

Holy Holy - Paint

01. That Message
02. Willow Tree
03. Elevator
04. Shadow
05. Gilded Age
06. Darwinism
07. True Lovers
08. Amateurs
09. December
10. Send My Regards

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publicado por stipe07 às 18:50






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