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Beach Fossils – Somersault

Domingo, 04.06.17

Os Beach Fossils são uma banda de Brooklyn, Nova Iorque e que começou por ser um projeto a solo de Dustin Payseur, ao qual se juntaram, entretanto, Tommy Davidson e Jack Doyle Smith. Estão de regresso aos discos com Somersault, um trabalho lançado pela Bayonet Records e que sucede a um homónimo, datado de 2010 e ao aclamado antecessor, Clash The Truth (2013). Somersault conta com a participação especial de Rachel Goswell no tema Tangerine e de Cities Aviv em Rise e contém onze canções com um têmpero lo fi muito próprio. Refiro-me a um indie rock alternativo, com leves pitadas de surf pop, eletrónica e garage rock, tudo embrulhado com um espírito vintage marcadamente oitocentista e que se escuta de um só trago, enquanto sacia o nosso desejo de ouvir algo descomplicado mas que deixe uma marca impressiva firme e de simples codificação.

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Somersault é um refúgio luminoso e aconchegante, um recanto sonoro sustentado por guitarras melodicamente simples, mas com um charme muito próprio e intenso, principalmente quando a elas se agregam outros arranjos, com a curiosidade de o violino ser uma arma de arremesso bastante utilizada nesses detalhes que adornam as melodias. Logo no enorme esgar de sorriso que comporta This Year e no clima lisérgico de Tangerine os violinos surgem amiúde, a consolidar a vertente vocal e a dar um polimento charmoso de inegável valia às guitarras, que são quem toma conta da condução dos temas. Depois, em redor da toada barroca das cordas que marcam a majestosidade de Closer Everywhere e no dedilhar corpulento e na percussão ritmada de Saint Ivy, assim como na leveza enternecedora do baixo de Sugar, esses violinos continuam a planar e a carimbar com acerto esta espécie de passeio tímido à beira mar numa manhã de sol, mas que também serve de consolo para quem tiver de se contentar com um cenário mais noturno, cinzento e urbano.

Somersault eleva os Beach Fossils a um novo patamar criativo, com as canções a abrigarem-se à sombra de uma filosofia estilística bastante marcada e homogéna, o que faz com que funcionem, individualmente, como vinhetas climáticas que vão servindo para marcar o ambiente e a cadência do mesmo. Mas, um dos maiores atributos do alinhamento é a quase indivisibilidade entre os temas, que podem ser apreciados como um todo, já que, liricamente, debruçando-se sobre as agruras de uma América cada vez mais confusa, garantem a formatação de uma obra de maior alcance e até, do modo como estão alinhados, engrandecem algumas canções menores. É o caso de Be Nothing, composição posicionada no final de Somersault e que, no modo como cresce e progride, além de personificar aquele grito de raiva que muitas vezes é imprescindível soltar no clímax de um instante reflexivo, acaba também por fazer uma súmula de todo o ideário, quer sentimental, quer sonoro, subjacente à intimidade que exala de toda a obra e que nos envolve de um modo muito particular. Espero que aprecies a sugestão...

Beach Fossils - Somersault

01. This Year
02. Tangerine (Feat. Rachel Goswell)
03. Saint Ivy
04. May 1st
05. Rise (Feat. Cities Aviv)
06. Sugar
07. Closer Everywhere
08. Social Jetlag
09. Down The Line
10. Be Nothing
11. That’s All For Now

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publicado por stipe07 às 14:35






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