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Ty Segall - Sleeper

Terça-feira, 10.09.13

Ty Segall é uma máquina de fazer discos. Não apenas trabalhos aleatórios, composições frias ou registos descartáveis, mas lançamentos de peso dentro da cena independente norte-americana. Dono de uma infinidade de projetos paralelos cada um deles com vários álbuns lançados, é quando assume as guitarras na carreira a solo que este californiano, natural de São Francisco, alcança o melhor desempenho. Assim, depois de já ter um interessante cardápio sonoro anterior, este músico começou a destacar-se com o grandioso e amplamente elogiado Goodbye Bread, de 2011, e depois com Twins, disco que lançou em 2012 e que divulguei na altura. Agora Ty está de volta com mais um conjunto de canções assentes em riffs assimétricos, ruídos pop e todo o assertivo clima do garage rock, o que faz dele um dos artistas de maior relevância no panorama atual. O novo disco chama-se Sleeper e viu a luz do dia a vinte de agosto por intermédio da Drag City Records.


Sleeper é já o oitavo álbum da carreira de Segall e um dos compêndios sonoros mais viscerais da sua carreira. Gravado durante alguns meses em vários locais da Califórnia, o álbum tem uma crueza bastante sombria que foi certamente influenciada pela morte do seu pai, a mudança do músico para Los Angeles e uma zanga recente com a sua mãe. Nele o músico esbanja toda a maturidade e classe musical que já possui e faz uma ligeira inflexão sonora, apostando agora mais em arranjos e vozes de cariz ainda mais experimental e menos fácil de catalogar.

Logo no início, no tema homónimo, os ecos de um assobio e os acordes de uma viola acompanhados pela sua voz etérea provam que há algo de novo e mais íntimo, em oposição á habitual distorção psicadélica e rugosa que é já uma espécie de imagem de marca deste músico norte americano. Fica-se com a estranha sensação que ele está mesmo aqui, ao nosso lado, enquanto toca e canta, ou então que fomos nós que tivemos acesso direto ao seu recanto mais pessoal e não a um qualquer estúdio impessoal e frio.

Um dos poucos temas que ainda remete para a tal psicadelia rugosa é 6th Street, porque o restante alinhamento é mais bem sucedido a levar-nos até à década de sessenta e ao território obscuro de uns Velvet Underground, por exemplo bem patentes em Cary e She Don't Care. Assim, um dos maiores elogios que se pode fazer a Sleeper é que realmente não terá havido, aparentemente, qualquer tipo de preocupação comercial, já que não é fácil catalogar a criativa míriade sonora que sustenta o disco e que Ty se deixou levar pelo próprio clima que as canção foram criando nele, conforme se pode comprovar na pouco habitual extensão de alguns temas, relativamente a este músico.

Felizmente, por muito que legitimamente Ty Segall, procure abarcar novos horizontes sonoros e expandir o seu cardápio de influências, é fantástico perceber que a tal não identificação de importantes diferenças realtivamente aos discos anteriores, assenta  em algo que nunca muda, o habitual nível de anarquia firmada na execução de todos os seus registos e o mesmo desequilíbrio particular de outrora, sem sofrer de desgaste ou possíveis redundâncias. Espero que aprecies a sugestão...

Large

01. Sleeper
02. The Keepers
03. Crazy
04. The Man Man
05. She Don’t Care
06. Come Outside
07. 6th Street
08. Sweet C.C.
09. Queen Lullabye
10. The West

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publicado por stipe07 às 21:34






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