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Electric Guest – Mondo

Quarta-feira, 02.05.12

Produzido por Danger Mouse, Mondo é o disco de estreia dos Electric Guest, uma dupla natural de Los Angeles e formada por Asa Taccone e Matthew Compton. Mondo leva-nos por uma viagem conduzida por pianos em tons melódicos e efeitos psicadélicos, havendo já quem compare a ascenção destes Electric Guest ao que fizeram o ano passado os conterrâneos Foster The People, banda para a qual têm andado a abrir alguns concertos.

Poderá haver quem legitimamente estranhe a aposta do reputado Danger Mouse num disco de estreia de uma banda completamente desconhecida, ou então quem procure perceber as razões para tal facto. E afinal elas explicam-se de forma muito simples: O vocalista e principal compositor da banda, Asa Taconne, morou dois anos com Danger Mouse que cedo se interessou pelas movimentações musicais de Asa e em boa hora deu o empurrãozinho necessário para que o disco do seu aprendiz acontecesse.

As canções de Mondo oscilam entre o lado mais pegajoso da pop e elementos do rock psicadélico, com o tal piano, sintetizadores vintage, guitarras e baixos a suportar a construção melódica das canções. O primeiro single do álbum é This Head I Hold,  uma pequena mas potente injeção de adrenalina, com pianos dançantes e um refrão apelativo que faz bater os pés instantaneamente. Awake é a canção mais mexida do disco, acompanhada por uma linha de baixo firme e dividida em três partes. Na primeira, Asa divide o refrão com harmonias vocais que soam como um coral de igreja e um clima melódico que me fez recordar momentos dos Broken Bells. Depois ela transforma-se num eufórico passeio pela soul e com as mesmas vozes a cantar um novo refrão, para no final chegarem palminhas e batidas R&B, que nos trazem um terceiro refrão, que termina a música, um menáge irresistível entre a pop, o rock e a psicadelia.

Outra das boas canções do disco dura nove minutos e é a sedutora Troubleman. Mas não desistas de a ouvir pela duração; Carrega no play e prepara-te para escutares uma melodia bonita e uma letra poética a infectar o teu cérebro, graças a arranjos meticulosamente programados, como órgãos de igreja, violas, guitarras e inúmeros detalhes que só aparecem com audições repetidas. O adorável refrão aparece frequentemente, mas é um solo de guitarra que dá o tom para o segundo ato da canção, que inesperadamente, soa como uma música totalmente diferente e onde o título da canção é finalmente revelado. Com baterias, harmonias vocais e a produção espetacular de Danger Mouse, esta segunda metade eleva a canção até uma viagem esotérica onde, no final, para surpresa, as cordas são amarradas e o refrão da primeira parte regressa e os nove minutos terminam com mais um solo de guitarra, numa canção que nos obriga a senti-la e a experienciá-la.

Outro destaque é American Daydream, uma música que mostra um momento mais pop dos Electric Guest, com um refrão que parece estar a ser cantado em coro e que nos faz lembrar uns MGMT mais maduros.

Em suma, estes Electric Guest, além de serem uma agradável supresa, são já uma das maiores promessas para 2012, até porque, como se sabe, um produtor consagrado pode ajudar a definir o som de uma nova banda ao mesmo tempo e até manipular a sua essência por completo. Felizmente, no caso dos Electric Guest, parece-me que ambos os lados saiem vencedores desta parceria. Espero que aprecies a sugestão... 

01. Holes
02. This Head I Hold
03. Under The Gun
04. Awake
05. Amber
06. The Bait
07. Waves
08. Troubleman
09. American Daydream
10. Control

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publicado por stipe07 às 13:22






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