man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Blouse - Blouse
Mais uma vez a dream pop choca com este satélite natural do planeta música, agora com uma banda natural de Portland, nos Estados Unidos, formada por Charlie Hilton, Patrick Adams e Jacob Portrait. O cometa chama-se Blouse e lançaram na segunda feira, dia trinta e um de outubro, o disco homónimo através da Captured Tracks.
Este Blouse mistura muito bem a tal dream pop com o shoegaze, de forma a fazer-nos viajar por um ambiente sonoro pouco comum. Desta forma, o trio conseguiu um estilo único, sujo e que se diferencia justamente pelas distorções inesperadas. Logo a abrir, a ótima Firestarter, comandada pela voz melódica de Charlie Hilton num ambiente totalmente lo fi, introduz devidamente a sonoridade do disco ao ouvinte. Depois, em Time Travel ouve-se uma batida romântica e pouco convencional, também bem vincada em Videotapes. É uma batida que de certa forma nos eleva de uma forma leve e quase a manter-nos, ao mesmo tempo, no chão. No fundo, talvez se esteja aqui em presença de um novo estilo de música onde os instrumentos praticamente não se diferenciam uns dos outros, onde tudo nos leva a viajar num clima de verdadeiro romance, onde apenas... sonhamos. Outra faixa que destaco, mas pelo antagonismo, é Into Black, uma canção que nos transporta para outro ambiente, agora mais sombrio, como que a querer desmanchar toda a delicadeza anterior. O resto do disco comprova que tal tentativa não é definitivamente bem sucedida.
Blouse é, portanto, um disco bastante bonito e que remete com frequência para os sintetizadores dos anos oitenta, muitas vezes considerados os vilões daquele período da música pop e pós punk; Mas os Blouse conseguiram com perspicácia elucidar-nos acerca da beleza desse instrumento quando devidamente usado. As canções são quase todas misturas bem sucedidas de bandas como os Blondie, Beach House e OMD e afins e servem de elo de ligação com os tempos presentes, assegurando que não pretendem ser apenas um simples devaneio saudosista. Em suma, é um disco que transporta os ouvidos do presente para um passado que foi bastante interessante, banhado em melancolia e pretensa seriedade e maturidade artísticas. Espero que aprecies a sugestão...
01. Firestarter
02. Time Travel
03. They Always Fly Away
04. Into Black
05. Videotapes
06. Controller
07. Roses
08. White
09. Ghost Dream
10. Fountain In Rewind