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Huddle - All These Fires

Quarta-feira, 30.11.11

Os Huddle são uma banda natural de toronto, no Canadá como já sabem, liderada pelo guitarrista Mark Satterthwaite e que também inclui na formaçãoTeddy Wilson, estrela local de televisão na bateria, Clay Jones na guitarra e Lucas Dave no baixo. É catalogada no seu próprio site como indie dream pop e no passado dia trinta de agosto lançaram All These Fires, o disco de estreia e que ouvi recentemente.

All These Fires reúne uma coleção de dez canções assentes numa sonoridade tipicamente rock n'roll e intercaladas com um som vintage que lembra a synth pop dos anos 80, sendo evidente um certo fascínio pela banda sonora, digamos assim, dos primeiros jogos de computador que surgiram na altura. Se tal referência ainda não suscita interesse e curiosidade pelo disco, um bom motivo para o conferir será escutar, logo a abrir, Islands, o meu destaque do disco e assim tomar contacto com a potência da voz do já citado vocalista e guitarrista Mark Satterthwaite.

All These Fires é melódico e, na maioria das vezes, optimista, com músicas curtas e simples, mas algumas inesquecíveis. Dark Times é uma das faixas mais sombrias do álbum e que foge um pouco à regra, com uma forte componente melancólica, suportada pela voz de Mark colocada à Nine Inch Nails. Sirens também deve ser devidamente ouvida e apreciada visto ser uma bela canção acústica.
Algumas das faixas do álbum parecem um pouco descontextualizadas, algo natural numa banda ainda pouco madura e que dá os primeiros passos. No entanto, parece-me que algum desse aparente desconforto e falta de ritmo é intencional e uma daquelas táticas que muitos artistas e bandas indie gostam de empregar para assumirem a diferença e a sujidade naturais de uma banda do género.  Mas no geral, porém, este All These Fires dos Huddles é um disco muito divertido, que se ouve de um travo só e com um punhado de canções que prometem deliciar o ouvinte mais atento. É mais uma banda citada pela primeira vez por cá em Man On The Moon e que deverá ser seguida com atenção. Espero que aprecies a sugestão...

01. Islands
02. Sleepwalker
03. Brow-line Pictures
04. Dark Times
05. Sirens
06. It Nights
07. Stamps
08. Run
09. South Spits Dam
10. Traded

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publicado por stipe07 às 21:30

The Moth And The Mirror - Honestly, This World

Terça-feira, 29.11.11

Sou sempre relativamente cético quando descubro e começo a ouvir discos feitos por músicos que fazem parte de bandas de diferentes quadrantes musicais e que resolvem juntar-se em projetos alternativos, paralelos ou o que lhes queiram chamar. Os The Moth And The Mirror obedecem a este critério em termos de formação, mas dou a mão à palmatória quando afirmo convictamente que Honestly, This World foi um dos discos mais interessantes que ouvi nos últimos dias.

Mas antes de falar do disco, vamos à formação. Estes The Moth And The Mirror são constituidos por alguns dos melhores músicos escoceses da atualidade; Refiro-me a Stacey Sievwright (The Reindeer Section, Arab Strap) na voz e guitarra, Gordon Skene (Frightened Rabbit) também na voz e guitarra, Louis Abbott (Admiral Fallow, Song of Return), igualmente guitarra e voz, Kevin McCarvel no baixo, Iain Sandilands na percussão e Peter Murch na bateria. A banda formou-se quando Stacey apresentou Ian aos outros músicos, já com o intuito de enveredar por um projeto paralelo. Começaram por abrir para concertos dos Snow Patrol, Band of Horses, Frightened Rabbit e finalmente editaram este Honestly, This World, o disco de estreia.


O disco surpreendeu-me pelos mais variados aspetos, não sendo fácil descrever com exatidão o seu conteúdo. Seja como for, saltou-me logo ao ouvido um fio condutor sonoro que procurava o equilíbrio entre uma acústica experimental e climática e um ambiente post punk. Logo a abrir, Everyone I Know assenta nesta abordagem devido ao delicado contraste entre um baixo vibrante a acompanhar a percussão e uma guitarra acústica, mas carregada com tons graves e fortes. Tanto nesta canção de abertura com em outras faixas a voz de Stacey lembra bastante o desempenho vocal de Beth Gibbons e o cuidado colocado na produção por Tony Doogan, sobressaiu os pontos fortes dela, das músicas, de cada músico e assim da própria química do grupo. Outro bom exemplo desta química é a esquizofrénica Boxes, uma canção com pouco mais de seis minutos e onde um início suave acaba por contrastar, lá mais para o meio, com a pujança instrumental colocada por todos os intervenientes. Fire é um belo e brilhante diamante pop, com as responsabilidades deste brilho intenso divididas pelas vozes e guitarras da dupla Sievwright e Skene. Germany, a faixa mais potente do álbum e primeiro single, tem um refrão que a maioria das bandas indie daria o braço direito para ter escrito. Quase no fim, Closing Doors mostra o lado mais suave dos The Moth And The Mirror, dando-nos uma enorme sensação de conforto e nostalgia à medida que se aproxima o epílogo.

As primeiras impressões contam muito. E numa época em que a música é tão facilmente acessível e o tempo para ouvir tudo o que poderá importar é escasso, é muito bom para mim que um álbum tenha este impacto imediato, porque às vezes separar o trigo do joio e colocar num canto especial o que realmente importa torna-se complexo.  Álbum do mês para a publicação The SkinnyHonestly, This World conquistou-me pelos sons atmosféricos, algumas pinceladas de psicadelismo e devido aos ecos cavernosos, trombetas, pianos e buzinas, sempre em atrito com as guitarras, que criaram uma atmosfera musical selvagem, exuberante e dinâmica, que fala de melancolia e alegria ao mesmo tempo, provando ser apropriado catalogar de impressionante a estreia destes The Moth and The Mirror nos discos. Espero que aprecies a sugestão...

 

01. Everyone I Know
02. Soft Insides
03. Fire
04. Boxes
05. Beautiful Creature
06. Honestly, This World
07. Hope Is An Anchor
08. Germany
09. Closing Doors
10. Oceans And Waves

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publicado por stipe07 às 19:24

The Decemberists - Long Live The King EP

Segunda-feira, 28.11.11
Após o belo desempenho em The King Is Dead, lançado em janeiro deste ano e do qual dei conta Aqui, os The Decemberists não demoraram muito a presentear o público com um novo registo de estúdio, o EP Long Live the King (2011, Capitol). Portanto, se o rei morreu... Agora, de repente, por obra e graça dos The Decemberists, ressuscitou!

 

Este EP tem, diga-se em abono da verdade, a grande virtude de em apenas seis canções conseguir concentrar toda  destreza musical deste grupo norte americano, promovendo mais uma sequência de composições melódicas do género das que substanciam o último álbum do quinteto de Portland. Por isso é um EP situado no mesmo campo instrumental de The King Is Dead, com canções grandiosas e crescentes, havendo como fator distintivo, as composições parecerem menos melancólicas. Tal resultou talvez numa sonoridade mais suave e dinâmica, capaz de agradar todos os grupos de ouvintes.

Assim como The King Is Dead apresentou uma sequência de bem produzidas composições, com destaque para Down By the Water e This Is Why We Fight que acabaram por se transformar em novos clássicos da carreira do grupo, com Long Live the King isso não é diferente. Da exposição folk da simplista E. Watson, passando pela grandiosidade melódica e quase country de Foregone, tudo no interior do EP se movimenta de forma bem elaborada, com consistência instrumental e a traduzir na perfeição a boa fase que toma conta da carreira dos The Decemberists. Há também que salientar a cover de Row Jimmy dos Greateful Dead. O meu grande destaque do EP acaba por ser Burying Davy, uma canção que evoca uma sonoridade muito próxima dos anteriores trabalhos do grupo e com uma instrumentação primorosa e sempre capaz de surpreender.
Depois de o rei ter morrido no início do ano, parece que afinal há que o saudar e desejar-lhe uma vida longa. Espero que aprecies a sugestão...
 
http://www.mediafire.com/?9om2kbcrw2sp5u5

01 E. Watson
02 Forgone
03 Burying Davy
04 I 4 U & U 4 ME
05 Row Jimmy (Grateful Dead Cover)
06 Sonnet

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publicado por stipe07 às 19:01

3 de rajada... LIV

Segunda-feira, 28.11.11

Hoje, no dia em que é editado Singles Collection: 2001-2011, a coletânea definitiva dos Gorillaz e Hotel Sessions dos The Lemonheads, na quinquagésima quarta edição de  Três De Rajada..., rubrica que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova lançada no mercado discográfico, destaco os novos singles dos Alphabet Backwards, Fixers e de Patrick Wolf. Toca a ouvir e a tirar ilações...

 

Alphabet Backwards – Taller

 

Fixers – Majesties Ranch


Patrick Wolf – Together

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publicado por stipe07 às 18:56

Feist - Metals

Domingo, 27.11.11

Algumas semanas depois do lançamento e um pouco tardiamente em relação ao desejado consegui finalmente ouvir Metals o novo e já aclamado álbum da canadiana Feist, um dos nomes mais sólidos e queridos do cenário indie e alternativo atual.

Em 2007, The Reminder empurrou Leslie Feist para a luz da fama e nos últimos quatro anos muita coisa mudou na carreira da canadiana. Com este Metals a ex Broken Social Scene firma definitivamente a tal presença na corte da indie até porque, felizmente, o álbum, como um todo, afasta-se daquilo que poderia ser considerado território confortável. The Bad In Each Other abre de forma ambiciosa, com uma percussão acutilante, rendilhados folk e uma secção de cordas a fazer lembrar grandes momentos do reportório dos Tindersticks. Mais madura, talvez, a voz de Feist continua bonita como sempre. Graveyard mantém a toada de aparente simplicidade e quando chegamos a Caught A Long Wind, balada lenta de subtileza enternecedora, estamos já certos de que Metals nos vai deixar rendidos.

A Commotion causou-me enorme impacto, até pela bateria a trote a chicotear Feist, que vê a sua voz esmagada por um coro masculino. As emoções palpitam até que The Circle Married The Line, mesmo evocando Nick Drake, nos deixa por instantes algo desolados. Bittersweet Melodies marca, de forma sedutora, a entrada na segunda metade do álbum, relembrando-nos por que razão Feist continua a ser um sopro de frescura no universo pop . Em Anti-Pioneer a cantora perde completamente a vergonha de namorar com os blues, entrando naquele território sonoro tão caraterístico de um Jeff Buckley e em Undiscovered First muda novamente o registo, com os metais em plano de destaque. Na reta final Cicadas & Gulls traz o conforto da guitarra acústica e Comfort Me e Get It Wrong, Get It Right, com o seu piano acutilante, mantêm-nos sob encantamento, ao ponto de ter-se vontade de ouvir Metals novamente, agora com ainda mais atenção.

Nunca me considerei um fã incondicional de Feist mas confesso que este Metals deixou-me muito bem impressionado. A voz despretenciosa que navega solta pelas doze canções e cercada pelos instrumentos que certificam o estilo da cantora, com destaque para o piano, deram um enorme peso sentimental ao disco, paz de espírito e a sensação de se estar distante do mundo, isolado  numa cabana perdida no meio das montanhas que ilustram a sua capa. Espero que aprecies a sugestão...

The Bad in Each Other
Graveyard
Caught a Long Wind
How Come You Never Go There?
A Commotion
The Circle Married The Line
Bittersweet Melodies
Anti-Pioneer
The Undiscovered First
Cicadas & Gulls
Comfort Me
Get It Wrong Get It Right

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publicado por stipe07 às 18:30

Icarus Himself - Career Culture

Sábado, 26.11.11

Icarus Himself começou por ser,  em 2008, um projeto a solo de Nick Whetro, que se tornou numa banda meses depois com o ingresso dos amigos Brad Kolberg na bateria e do multi-instrumentista Karl Christenson. Estrearam-se nos discos em 2009 com Coffins e agora, no passado mês de outubro, editaram Career Culture através da Science Of Sound Records. As influências desta banda americana natural do Wisconsin vão de Kurt Vile a Deerhunter, passando por The Who e David Bowie.

As palavras que se ouve e que viajam para dentro e para fora da nossa mente todos os dias, um fio de conversa ouvida, uma letra de uma canção que lembra um velho amor, uma observação sobre alguém que nunca vimos, uma pontada de amor, ou de dor, são os fragmentos da nossa vida sobre os quais estes Icarus Himself parecem gostar de escrever e cantar. Career Culture é um disco folk, ou seja, muito bem balizado em termos de sonoridade, mas tremendamente dísptar, de canção para canção, no que concerne à mensagem; Às vezes parece que se ouve as mesmas frases repetidas vezes, as mesmas linhas de guitarra, mas com várias audições acabamos por perceber que foram apenas excertos que se acumularam no nosso subconsciente por terem sido elementos do disco belos e que em anteriores audições marcaram.

Logo no início, em Wake Up, Nick Whetro convida-nos literalmente a acordar porque talvez seja hora de fazer tudo de novo ou, melhor ainda, de dar verdadeiro valor ao que já se tem antes de se achar que a vida não é generosa. Naqueles três minutos iniciais é como se a vida se resumisse, porque a repetição contínua de again é no fundo a nossa história, a história de cada um onde o segredo está nas variantes que vamos introduzindo enquanto ela se desenrola.

Depois, ao longo do álbum, Nick fala do tédio da classe trabalhadora, mas que encontra no amor o verdadeiro caminho e o definitivo lugar ao sol. E os elementos da escrita do músico que falam destas aparentes banalidades são preenchidos e interligados com a performance viva, entusiasta e encorpada dos já citados baterista Brad Kolberg e do instrumentista Karl Christenson. O som de maracas e uma guitarra difícil de definir, sustentam Mornings At The Bar, como se estar nesse local que a canção descreve fosse viver um período de férias da triste realidade, dando à canção um burburinho de prazer de curta duração tão bom que, no fim da música, a dor do acordar desse sonho parece bem real. Tambores vindos de uma selva qualquer e um baixo vibrante unificam WI via IN num som muito emocionante, épico e até encorajador. E se tens dificuldade em imaginar um lugar ao sol no Wisconsin, terra natal destes Icarus Himself, então ouve com atenção On Your Side, uma canção de amor onde Whetro entrega com calma cautelosa sobre a guitarra elétrica toda a alegria que parece estar a sentir no instante em que canta. É, decididamente, uma das melhores canções do ano.

Em suma, este Career Culture é um disco que saiu diretamente da América profunda para nos mostrar como a vida realmente é, com a crueza e as limitações naturais da imperfeição humana. Mas também aponta caminhos para que a nossa vida seja digna e feliz, apontando toda a sinalética para o coração e tudo aquilo que de bom ele possa guardar. Espero que aprecies a sugestão...

01. Wake Up
02. Anywhere You Go
03. Mornings At The Bar
04. You Think You Know
05. Precious Holder
06. Wi Via In
07. Half Moon Eyes
08. MCO
09. On Your Side
10. In Sept.
11. Used To Be

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publicado por stipe07 às 16:02

James Blake - Enough Thunder EP

Sexta-feira, 25.11.11

Depois de em 2010 ter sido uma das grandes apostas lançadas pela música eletrónica britânica e já em fevereiro de 2011 ter feito com que grande parte dos olhares elogiosos fossem curvados para si quando lançou o disco de estreia homónimo, James Blake sabe como poucos que agora está no momento certo para se afirmar como um dos grandes produtores musicais contemporâneos. Assim, oito meses após o lançamento do primeiro grande álbum, o produtor inglês está de volta, com um delicado EP de seis faixas intitulado Enough Thunder, lançado através da Atlas.

Este EP não terá o impacto e a qualidade musical de James Blake, mas segue com as mesmas experiências musicais exaltadas pelo músico nesse disco, havendo, no entanto, uma maior aproximação à soul e um distanciamento da dub step que delimitou a referida estreia. Este Enough Thunder puxa-nos então para um universo sonoro melancólico, feito com pianos dolorosamente esculpidos e abafadas batidas dissolvidas em ritmos assimétricos.

Logo no início, Once We All Agree apresenta um caráter ainda mais experimental na obra de Blake, abrindo o EP de maneira claustrufóbica, mas ainda assim bela e detalhada, anunciando muito do que será encontrado no resto do EP, onde é constante uma quase impercetivel sensação de desconforto. Tal sucede, por exemplo, em We Might Feel Unsound, canção que nos cerca com uma espessa camada de ruídos e formas sonoras instáveis. Na terceira canção, Fall Creek Boys Choir, que conta com participação de Justin Vernon, revivemos as mesmas experiências musicais de James Blake, devido à mudança sintética nas vozes e o mesmo clima levemente romântico de outrora, lembrando em alguns momentos a bela Lindesfarne II. O meu grande destaque do EP é A Case of You, uma cover de Joni Mitchell, onde se ouve uma composição nada eletrónica, construida inteiramente em cima de um piano solitário e uma voz completamente límpida.

Portanto, se inicialmente o álbum assenta arraiais na experimentação, à medida em que o disco se desenvolve as canções vão ficando mais límpidas e melódicas, confirmando que está mais do que reservado o lugar de James Blake no topo dos melhores produtores britânicos da atualidade. Espero que aprecies a sugestão... 

01 Once We All Agree
02 We Might Feel Unsound
03 Fall Creek Boys Choir [ft. Bon Iver]
04 A Case of You (Joni Mitchell cover)
05 Not Long Now
06 Enough Thunder

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publicado por stipe07 às 22:24

Engineers - To An Evergreen EP

Quinta-feira, 24.11.11

Depois de Three Act Fader, o segundo disco dos ingleses do Engineers, lançado em 2009 e de Praise Of More, lançado em 2010, considerado por alguma crítica como um dos melhores desse ano, esta banda formada em Londres e já com oito anos de existência voltou em 2011 com o EP To An Evergreen, lançado na passado dia 12 de junho pela Snapper Music.

A formação dos Engineers conta com Simon Phipps nas vozes e guitarra, Mark Peters no baixo e vozes, Dan McBean na guitarra e teclados e Sweeney na bateria. Com influências dos anos oitenta na sonoridade e os My Bloody Valentine na mira, há também alguma semelhança com bandas como os conceituados Spiritualized e Elbow. Um dos destaques do alinhamento deste trabalho surge no fim com uma soberba cover de Hey You dos Pink Floyd. A faixa de abertura homónima do EP fez parte do alinhamento do já citado In Praise Of More, na versão incluida no mesmo. As restantes canções são novas roupagens de inéditos da banda a cargo do coletivo Helios e dos companheiros na etiqueta Kscope, os North Atlantic Oscillation.

Este EP é mais uma obra musical fantástica de uma banda infelizmente ainda bastante desconhecida por cá; Espero que Man On The Moon contribua para uma maior divulgação. E entretanto fez-me ter vontade de descobrir a restante discografia. Também Aqui poderás satisfazer toda a tua curiosidade acerca deste EP e dos Engineers. Espero que aprecies a sugestão...

01. To An Evergreen (Edit)
02. What It’s Worth (Helios Remix)
03. Twenty Paces (Beroshima Remix)
04. In Praise Of More (Elika Remix)
05. Subtober (North Atlantic Oscillation Remix)
06. Twenty Paces (A Shoreline Dream Remix)
07. Hey You (Pink Floyd Cover)

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publicado por stipe07 às 20:24

Wild Beasts – Reach A Bit Further EP

Quarta-feira, 23.11.11

O minimalismo de Steve Reich, a excelente lírica de Mary Shelley e Clarisse Lispector e a melancolia sublime dos Wild Beats foram os elementos utilizados pelo quarteto inglês para dar vida a Smother, terceiro trabalho da carreira deste grupo de Kendal e um dos projetos mais complexos já lançados em 2011. Ainda mergulhados nesse mundo de calmarias sufocantes e passagens pela dream pop dos anos noventa, poucos meses depois acabam de lançar mais um tombo da sua memorável obra, o EP Reach A Bit Further, que acabo de ouvir.

Este pequeno álbum vai para além de um mero agregado de restos das gravações de Smother, proporcionando ao ouvinte mais uma dose, mesmo que curta, da mesma exatidão melancólica que encontrámos nesse álbum. Entre pianos claustrofóbicos e a voz peculiar de Hayden Thorpe, somos em escassos quinze minutos mais uma vez transportados para o excêntrico universo da banda.

Neste EP os Wild Beasts continuam a honrar a influência assumida que os Radiohead têm na sua sonoridade, embora a mesma também passeie por distintas vertentes musicais, nomeadamente as experimentações jazzísticas dos anos sessenta. Dentro dessa estufa musical bastante específica surgem as inéditas Smother, Catherine Wheel e Thankless Thing, que em parceria com a canção título nos afogam numa sequência de sons estruturados e consistentes.

Mesmo que não fosse necessário, Reach A Bit Further reforça que com Smother os Wild Beasts tinham alcançado a sua mais bela obra musical, um trabalho que figurará certamente entre os melhores do ano. Espero que aprecies a sugestão...

 

 

01. Reach A Bit Further
02. Smother
03. Catherine Wheel
04. Thankless Thing

 

1.  Lion’s Share
2.  Bed of Nails
3.  Deeper
4.  Loop the Loop
5.  Plaything
6.  Invisible
7.  Albatross
8.  Reach A Bit Further
9.  Burning
10. End Come Too Soon

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publicado por stipe07 às 18:50

Snow Patrol - Fallen Empires

Terça-feira, 22.11.11

Não é segredo nenhum para ninguém que os irlandeses Snow Patrol são uma das minhas bandas prediletas, sendo sempre aguardado por mim com enorme e redobrada expetativa cada novo disco deles. E este Fallen Empires naturalmente não foi exceção! Lançado no mercado no passado dia catorze de novembro, é o sexto trabalho de estúdio desta banda formada em 1994 na cidade escocesa de Dundee e depois de o ouvir senti uma estranha sensação de desilusão, algo inédito no que concerne a esta banda. É verdade que coloco sempre a fasquia muito elevada em relação a algumas bandas e talvez isso também tenha contribuido para esta sensação de enorme deceção em relação a um disco que me soou enfadonho, sonolento e distante de qualquer possível acerto.

Nos primeiros discos dos Snow Patrol sempre foram audíveis canções desenvolvidas com afinco e assentes num jogo de versos cuidadoso, sincero e trabalhado de forma muitas vezes espetacular. Havia força nas canções! De há cinco anos para cá, com a chegada de Eyes Open, o grupo optou por uma fórmula um pouco repetitiva, com um extenso catálogo de sons convencionais e característicos e que agora, neste Fallen Empires, ocultaram definitivamente a beleza explorada pelo grupo nos anos iniciais. Parece efinitivamente outra banda e não aquela pela qual me apaixonei com Final Straw.

Provavelmente, para alguns fãs que não acompanham a carreira dos Snow Patrol com grande devoção, boa parte destas novas catorze canções poderão parecer curiosamente inéditas e encantadoramente renovadas. Contudo, basta um mínimo esforço para perceber que grande parte do trabalho serve apenas para confirmar que a banda de Gary Lightbody parece muito mais interessada em viver dos louros do passado do que proporcionar algo novo em si.

Tal como no anterior A Hundred Million Suns de 2008, este Fallen Empires é feito daquelas canções melódicas que desde o já citado Eyes Open ditam o rumo sonoro do grupo, feito com pianos melancolicamente projetados, guitarras carregadas de efeitos, a voz encaixada de forma a soar épica e a bateria com um leve eco. Seguindo também essa mesma fórmula do princípio ao fim neste Fallen Empires, a banda consegue arrancar-me apenas alguns sorrisos em New York, This Isn’t Everything You Are Berlin e principalmente Lifening, canções que vão continuar a manter acesa a chama da devoção e do respeito que nutro por esta banda fantástica e tão marcante para mim.

Desejo muito que este Fallen Empires tenha sido apenas um breve tiro ao lado e que represente o epílogo do rumo traçado nos últimos três álbuns da banda. Desejo muito que o próximo disco deles represente uma rutura definitiva com esta sonoridade e um regresso às origens ou, melhor ainda, um verdadeiro salto em frente, porque ainda acredito que os Snow Patrol, além de conseguirem fazer muito melhor, ainda estarão por cá bastante tempo para o poderem demonstrar. Espero que aprecies a sugestão... 

01. I’ll Never Let Go
02. Called Out In The Dark
03. The Weight of Love
04. This Isn’t Everything You Are
05. The Garden Rules
06. Fallen Empires
07. Berlin
08. Lifening
09. New York
10. In The End
11. Those Distant Bells
12. The Symphony
13. The President

 

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publicado por stipe07 às 19:00


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