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Interpol em Coimbra - informações úteis.

Quinta-feira, 30.09.10

 

Está a chegar o fim-de-semana aguardado por muitos amantes da música em Portugal e arredores! Refiro-me obviamente aos dois grandes concertos dos Interpol em Coimbra, com a segunda parte a cargo dos irlandeses U2!

Vão haver algumas restrições em termos de trânsito na cidade nos dois dias e o trânsito na zona envolvente do Estádio Cidade de Coimbra já sofre condicionamentos desde a passada segunda-feira.

No entanto foram criados vários parques de estacionamento, por onde passarão transportes públicos organizados para o evento e foi criada a Fun Zone Continente 360, uma iniciativa da Junta de Turismo de Coimbra, do Belmiro e da Feelings 4 All e que surge com o objectivo de servir como espaço de apoio a todos aqueles que vão assistir aos concertos, assumindo-se como um complemento da animação.

AQUI poderás obter todas estas informações sobre trânsito, parques e a Fun Zone, para te preparares convenientemente para o evento!

Domingo não ficarei farto e de barriga cheia se as bandas não tocarem estas duas...

 

 

 

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publicado por stipe07 às 22:34

The Ting Tings - Hands

Quarta-feira, 29.09.10

 

A dupla britânica The Ting Tings, formada em 2004 por Katie White e Jules De Martino, regressa com o segundo álbum até ao final do ano, que se chamará Kunst. A banda já disse que vai ser muito diferente do primeiro, We Started Nothing. O single, Hands, já rola por aí e será editado a 11 de Outubro.

A julgar por esta amostra, a dupla parece cada vez mais afundada na pop e na electrónica... Gostei da mudança! Venha o disco.

 

The Ting Tings - Hands

 

 

 

 

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publicado por stipe07 às 22:04

Amiina - Puzzle

Terça-feira, 28.09.10

 

Kurr, o álbum de estreia das islandesas Amiina, lançado em 2007, já tem sucessor! O disco chama-se Puzzle e foi lançado ontem. Como acontece com a maioria das bandas deste país, a informação não abunda; Só encontrei duas críticas ao disco, publicadas na High Voltage e na Future Sequence. No próprio Site da banda existe uma breve descrição: the songs on Puzzle are more rhythmically rugged than amiina's previous work and feature heavier use of electronics. amiina's long-standing fondness for zero-g melodies and open-minded instrumentation, however, continues. Aí também poderás encomendar o álbum, com direito a alguns extras.

Em 2009 o quarteto feminino passou a sexteto com a inclusão de dois elementos masculinos, o baterista, Magnús Trygvason Eliassen e o multi-instrumentalista, Kippi Kaninus, músicos que já participaram activamente em Puzzle.

 

 

1. Ásinn
2. Over and Again
3. What are we waiting for?
4. Púsl
5. In the Sun
6. Mambó
7. Sicsak
8. Thoka

 

Conheci as Amiina porque colaboraram com os Sigur Rós nos álbuns () e Takk, além de terem  feito as primeiras partes da primeira digressão mundial dessa banda. Em Novembro de 2008, no Campo Pequeno, apesar do excelente concerto a que todos assistimos, a falta delas foi sentida.

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publicado por stipe07 às 22:00

Fujiya & Miyagi - Ventriloquizzing

Domingo, 26.09.10

 

Após um par de anos em silêncio, os ingleses Fujiya & Miyagi anunciaram que o seu quarto disco de estúdio, Ventriloquizzing, chega às lojas em Janeiro de 2011, através da Yep Roc Records.
Para aguçar o apetite dos fãs, o grupo disponibilizou para download gratuito uma das músicas, Sixteen Shades of Black & Blue, no seu site oficial. A primeira demo do disco foi gravada em Brighton, Inglaterra e o trabalho final de produção decorreu em Sacramento e Los Angeles, nos Estados Unidos.

Ventriloquizzing é o primeiro disco da banda de David Best, Stephen Lewis, Matthew Hainsby e Lee Adams, co-produzido por Thom Monahan, que já manchou a ficha técnica de discos de nomes da folk tão conhecidos como Devendra Banhart, The Silver Jews ou Vetiver. No entanto os Fujiya & Miyagi, felizmente, não se tornaram numa banda folk; Há agora um peso maior das guitarras, mas a componente electrónica continua bem presente, apesar de, segundo algumas cfríticas, o som ser agora mais denso e escuro; We wanted to make a record that was musically darker and had more going on than our previous LPs, disse David. This record is its own thing. It's far less indebted to any past influences than our previous records and in my opinion it is all the better for it.

O grupo afirmou que este disco é inspirado na longa-metragem da década de 1940, Dead Of Night, onde um ventríloquo acredita que o boneco que manipula está vivo.

 

 

Agora é esperar cerca de três meses para ouvir o resultado...

 

 

Durante muito tempo, inclusive ao longo do processo de gravação, a banda não fazia ideia da data de lançamento de Ventriloquizzing. Como Lewis e Best vão ser pais no próximo mês, tem sido complicado planear a digressão e outros eventos promocionais, apesar de ambos parecerem muito bons a planear, porque os bebés vão nascer com uma semana de diferença! It wasn’t planned! explica Best. Well, it was planned to have the babies, but it wasn’t planned that we’d sync them up. We weren’t on the phone going, ‘Right. You ready? Go!

Seja como for, a banda já tem três concertos marcados para Dezembro e com passagem por Lisboa!

1/12 - Londres, ICA
3/12 - Paris, Fleche d'Or
4/12 - Lisbon, Evento Bock em Stock - Maxime

 

 

 

Imagens das sessões de gravação de Ventriloquizzing, em Brighton.

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publicado por stipe07 às 18:56

R.E.M. - Retiro em Nashville

Quarta-feira, 22.09.10

 

Conforme tenho referido ultimamente, os R.E.M. estão num estúdio de Nashville a dar os últimos retoques no seu décimo quinto álbum, com a ajuda do produtor Jacknife Lee (U2, Snow Patrol, Weezer) e que já trabalhou com a banda em Accelerate (2008).
Band is finishing work on the record, referiu o manager Bertis Downs no site da banda. All is going well, songs sounding great; the band, ably assisted by Jacknife and team, is in the homestretch of making what sounds to me like a great R.E.M. record ... Can't wait for people to hear this one.
Entretanto, Mills, Stipe e Buck estiveram várias vezes  no exterior do estúdio com Anton Crobjin, fotógrafo conhecido pelo trabalho realizado com bandas como os U2, a preparar material promocional para o disco e respectivo bootleg.

O disco ainda não tem nome e data prevista de lançamento, mas será certamente em 2011. Partilho um vídeo recente que a banda divulgou das sessões em Nashville...
 

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publicado por stipe07 às 22:06

Eels - Tomorrow Morning I

Segunda-feira, 20.09.10

 

Os Eels apresentaram-se ontem no Coliseu de Lisboa, pela primeira vez em nove anos. Foram servidas vinte e quatro canções, em menos de hora e meia, sempre com o blues e o rock sulista por perto. Confere o alinhamento;

  

Grace Kelly Blues
Little Bird
End Times
Prizefighter
She Said Yeah (Rolling Stones)
Gone Man
Summer In The City (The Lovin' Spoonful)
Tremendous Dynamite
In My Dreams
In My Younger Days
Paradise Blues
Jungle Telegraph
My Beloved Monster
Spectacular Girl
Fresh Blood
Dog Faced Boy
That Look You Give That Guy
Souljacker, Pt 1
Talking 'Bout Knuckles
Beautiful Day
I Like Birds
Summertime (George Gershwin)
Looking Up
Encore
I Like The Way This Is Going
Oh So Lovely

 

Este texto não serve para falar do concerto de ontem, mas do novo disco da banda, Tomorrow Morning e que anuncia, outra vez, que o mundo não é assim tão mau! Este novo disco que faz parte de uma triologia que iniciou com Hombre Loco e prosseguiu com End Times, conforme referi AQUI. Debruçar-me-ei sobre Tomorrow Morning, com maior cuidado, assim que o ouvir. No entanto, e graças a mojo, um amigo com quem partilho o gosto profundo pela música e cujo blog recomendo, tive acesso a uma entrevista que Mark Everett (Mr. E) deu ao ípsilon, em meados de Agosto, acerca deste trabalho e onde também falou de outros temas igualmente interessantes e que me chamaram a atenção, nomeadamente como ser... Um homem bom!

 

Estamos na sala do quarto de hotel, na companhia do agente, a ver o Mundial, quando E surge do quarto onde atende os clientes, seja cara-a-cara, seja por telefone. Ele surge, calças apertadas e desbotadas enfiadas em botas de lenhador, camisola interior com suspensórios, barba enorme, óculos idem, boné na cabeça, e antes de dizer "bom dia" já lançou "Este jornalista italiano era um idiota".

"Ai sim?", pergunta o agente, "então porquê?".

"Acreditas que ele pensou que, quando eu canto 'My baby loves me' [na canção com o mesmo nome], estava literalmente a referir-me a um bebé?"

O agente ri-se. Nós ficamos calados, só um ligeiro sorriso.

"Não consigo perceber como é que um jornalista pode interpretar de forma tão literal", continua ele.

"Talvez não seja bom a inglês", diz o agente.

"Se ele soubesse ler, não seria jornalista, não é?", arriscamos.

Ele grunhe. Não, é um sorriso.

"Espere só para ver as minhas interpretações das suas letras".

Ele grunhe ainda mais. Não, é um riso.

"Nos últimos tempos andei a reflectir sobre o que se passava comigo", diz E, já no cadeirão do seu quarto com vista para o Hyde Park. "E isso acabou por tornar-se um conceito". Fala rápido, não toma muito tempo para reflectir, mas, quando toma, isso cria aquele tipo de silêncio que vulgarmente se toma por incomodativo.

"A ideia é que a felicidade pode ser uma escolha e, se se fizer essa escolha, e se se tiver alguma sorte, os acasos talvez nos levem à felicidade". Prossegue: "No fundo, o conceito é uma coisa fora do comum no rock: um tipo tornar-se um homem melhor. E talvez com isso venha uma mulher". Faz uma pausa e acrescenta: "Acho que é um pouco nobre tentar-se ser um homem melhor".

Uma qualquer força estranha impede-nos de rebolar no chão a rir. Ponderamos por um segundo e concluímos que ele está a falar a sério. Então arriscamos perguntar-lhe se há algo de judaico-cristão nesse tão toscamente verbalizado "ser um homem melhor". Algum tipo de culpa, contas a pagar, etc.

"Não, não sinto nenhum tipo de culpa, pelo menos não muitas vezes. Quando a sinto, sei que deve haver uma razão para ela".

E fim de história: o homem não quer ser excessivamente escrutinado e está no seu direito. "Acho que já tentei dizer vezes suficientes no passado que a vida não é assim tão má, e agora estou a dizê-lo outra vez, só que de forma mais aberta".

Esse é, diga-se, o som de "Tomorrow Morning": um ligeiro véu de melancolia a cobrir refrões que resplandecem (isto para usar uma imagem ridícula.)

"Essa é a ideia", diz ele, ao ouvir a imagem ridícula. "É a grande reviravolta que há em cada canção: surpresa, isto afinal é bom", conclui. Mas há coisas que não mudam e, depois deste momento de unidade com o mundo, E, como um Larry David rural, resmunga: "Não percebo como é que o italiano achou que era mesmo um bebé. Se fosse mesmo um bebé seria repugnante".

 

Corrida contra o tempo

Eis o lado obsessivo de Mark Everett, uma faceta que ele assume, embora não às claras. Vê-a como "uma ética de trabalho muito forte". "Muitas pessoas não conseguem acabar o que fazem", explica. "Eu acabo coisas a mais. Se decido fazer uma coisa, faço-a até ao fim. Se decido fazer três discos de seguida, faço". Aqui ele faz uma das suas pausas, que surgem sempre de forma brusca: está a dizer uma coisa com uma rapidez notável e de repente pára, sem que um tipo saiba se parou de vez ou só para ganhar balanço. Lá se aproveita a pausa para tentar olhar pelo buraco da fechadura da vida privada do homem.

"Se isso me retira da vida normal muitas vezes? A resposta é simples: suga-me a vida por completo. É preciso estar muito concentrado, não pensar em mais nada se não no que se está a fazer e aonde se quer chegar. Não há mais nada, não pode haver mais nada".

Tal como a culpa tem uma razão no mundo de Everett, a pressa também. Ele anda assumidamente "a correr contra o relógio", por causa da "história" (expressão dele) do pai: "Estou a chegar à idade com que o meu pai morreu e tenho cada vez mais consciência disso". O tiquetaque do tempo é duplo: a sombra da morte do pai, numa família em que a morte é visita constante.

Terá sido esse tiquetaque a alimentar a ambição de fazer uma trilogia num só ano. "Hombre Lobo" (2009) era "sobre o desejo", "End Times" (2009) "sobre a perda de amor", e agora "Tomorrow Morning" é "sobre um novo começo". Uma espécie de ciclo da vida, que Everett explica de forma sucinta: "O desejo leva-nos a alguma coisa, depois pensamos que tudo acabou, e a seguir sentimos que amanhã teremos outra hipótese".

De acordo com o plano inicial, E queria "acabar com um novo começo", pelo que tinha "de começar por pôr a sementinha". "Foi muito divertido ser um lobo", diz. Isto é: ser um predador sexual, tal como em "Hombre Lobo". Se isto parece conversa de pessoa normal, Everett faz questão de nos lembrar logo a seguir, que não é: "Mais divertido só fazer de conta que sou um terrorista".

"Tomorrow Morning" é o tipo de disco que invariavelmente leva os críticos a usarem expressões como "camadas". Pequenas melodias vão-se sobrepondo, criando ambientes, até que, no refrão, a canção abre-se de forma inesperada, como aquelas flores nos documentários sobre a natureza que aceleram a imagem para mostrar a passagem do tempo.

Mas mais do que em sobrepor camadas (ou texturas), E estava interessado no erro: "Queríamos aproveitar os erros, por isso samplámos tudo desde o primeiro momento. O erro pode ser muito interessante e usámo-los o mais que pudemos". Também lhe interessam a diversidade de géneros que o disco abarca, e a subversão que aplica a cada género. "Nenhum músico quer pertencer a um só género", diz, visivelmente afastado da realidade. "Não quero que uma canção gospel minha [que há neste disco] seja um gospel clássico [não é]. Tem de soar a 2010 e tem de ser a minha versão".

 

O exemplo Tom Waits

Há que reconhecer que ele é um desses tipos: quando se ouve uma canção dele, sabe-se que é dele. Talvez o único elemento comum seja a voz, mas lá que marcou o seu pequeno território, marcou. Ou não: "Não sei se a minha voz autoral é imediatamente identificável. Por um lado, é porreiro termos um nicho reconhecível, por outro isso é tremendamente limitativo. Deixo essa questão para os ouvintes".

Everett também não tem muita certeza de ter o seu lugar numa espécie de "middleground", algures entre o imenso reconhecimento da estreia e a obscuridade. "Quando os Eels começaram", lembra, "estávamos o tempo todo na MTV". A experiência foi "doentia", mas teve uma vantagem: "Deu para ver tudo o que detestava". E acerca desse "middleground", só tem uma coisa a dizer: "O Neil Young dizia que no lixo se encontram coisas muito mais interessantes".

Young é um dos heróis deste tipo - que sabe que nunca será tão grande como os que admira e se dá por contente por ter vindo "parar aqui", a este lugar que "alguns dos tipos que sempre foram heróis" são hoje seus amigos. Como Tom Waits.

Isso talvez explique um lado menos inquietado que parece sobrevir em Everett. É um tipo com objectivos e que, olhando para o futuro, diz: "Não me parece muito digno ter 55 anos e pôr tipos de 20 anos a gritar".

Será que ele pede conselhos ao seu amigo Tom Waits sobre como envelhecer com classe?

"Peço, claro. Mas não é preciso: basta olhar para o que ele fez. É um exemplo".

É improvável, mas quem sabe?, talvez dentro de 30 ou 40 anos estejamos a olhar para este homem como olhamos hoje para Waits.

Ípsilon

 

Pela amostra abaixo e por esta entrevista, fiquei ainda mais curioso para ouvir Tomorrow Morning e a nutrir maior admiração por Mark Everett.

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publicado por stipe07 às 21:58

The Switch

Quinta-feira, 16.09.10

 

Sinopse:

Kessie é uma mulher divertida, inteligente… e solteira. Um dia, apesar das objecções do seu melhor amigo e um pouco neurótico Wally, decide que é tempo de ter um filho. Mesmo que para tal o tenha de fazer sozinha… bom, pelo menos com a ajuda de um encantador doador de esperma.

Mas, sem que ela pudesse saber, os seus planos dão para o torto quando uma troca de última hora do esperma é descoberta por Kessie apenas sete anos depois do nascimento da criança, também um pouco... neurótica!

 

Pelo que li, A Troca será um filme engraçado, sincero e tocante. Wally, interpretado po Jason Bateman deve ser uma espécie de totó, mas um homem adorável, aliás algo explícito no trailer. A Kessie (Jennifer Aniston) é descrita como magnética e Patrick Wilson interpretará a personagem mais hilariante do filme, Jeff, o dador. Finalmente, o pequeno Sebastien, interpretado por Thomas Robinson, deverá ser muito engraçado e socialmente maduro para a idade.
Em suma, será uma obra cinematográfica bem escrita e com um elenco brilhante, que realçará as partes sentimentais e  comediantes do filme, concebido pois, para nos fazer rir e, em simultâneo, tocar no nosso coração! Sem dúvida, um daqueles raros filmes que serão um prazer ver.
Quanto à banda-sonora, não descobri nada e não faço ideia se a famosa Quem Será, faz parte da mesma. Mas era bem visto!

Fica o trailer;

 

Realização: Josh Gordon, Will Speck.
Argumento: Allan Loeb, Segundo história de Jeffrey Eugenides.
Produção: Albert Berger, Ron Yerxa, para Miramax Films/Mandate Pictures.
Intérpretes: Jennifer Aniston, Jason Bateman, Patrick Wilson, Jeff Goldblum, Juliette Lewis, Thomas Robinson.

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publicado por stipe07 às 22:22

Faleceu Francisco Ribeiro

Quarta-feira, 15.09.10

Faleceu ontem o músico e compositor Francisco Ribeiro, um dos fundadores do colectivo Madredeus; Tinha 45 anos e foi vítima de cancro no fígado.

O também violoncelista e dono de uma bela voz, teve participação activa em Os Dias da Madredeus, Existir, O Espírito da Paz e Ainda, quatro discos daquele que é considerado por alguma crítica especializada, o melhor colectivo de sempre da música portuguesa.

Na biografia Madredeus - Um futuro maior (1995), Jorge Pires escreveu que Francisco Ribeiro demonstrou desde muito cedo ter tido uma educação inculcada pelos prazeres do canto lírico, da poesia (...) e da música clássica, com especial predilecção pelo período barroco. A família de Francisco descendia de italianos que se haviam instalado em Portugal no século XIX, gente apaixonada pelo teatro e pelo espectáculo que havia conservado esse gosto ao longos das sucessivas gerações.

Em 1997, Francisco Ribeiro acabou por abandonar os Madredeus para estudar música em Inglaterra, onde se licenciou em composição. E há quem considere que quer a sua saída, quer posteriormente do Gabriel Gomes levou ao definhar criativo da banda. Da obra de Francisco Ribeiro como compositor nos Madredeus retive sempre, Ascensão, Matinal e claro, O Pastor...

De regresso ao nosso país em 2006, Francisco Ribeiro forma o colectivo Desiderata cujo nome recupera o título de um poema do americano Max Erhmann, que fala sobre o que desejamos para atingir a felicidade. No meu caso o que eu mais desejo, além daqueles valores universais de amor e felicidade, é conseguir juntar um grupo de pessoas e fazer um disco. É tão simples quanto isto, disse Francisco acerca dos seus propósitos com este novo projecto. Assim, em 2009 é lançado A Junção do Bem, com a Orquestra Nacional do Porto e outras colaborações de peso; Saliento as cantoras Filipa Pais e Tanya Tagaq, o fadista José Perdigão e o guitarrista José Peixoto, também ex-Madredeus.

A música portuguesa contemporânea perde assim um dos seus principais vultos. Rodrigo Leão, um dos seus melhores amigos afirmou já hoje: Francisco era um músico extraordinário e um grande amigo com um talento fantástico. É uma injustiça muito grande agora que estava tudo bem encaminhado e o projecto Desiderata era o princípio de uma nova fase para ele.

Finalmente resta referir que este músico foi co-autor da banda sonora do filme Lisbon Story, de Wim Wenders.

 

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publicado por stipe07 às 22:00

Rita Red Shoes - Viseu, 11.09.10

Terça-feira, 14.09.10

 

Para quem é como eu e tem uma paixão imensa por música, não só como forma de arte mas, acima de tudo, como veículo de manifestação de sentimentos próprios e sente e vive essa paixão de forma espontânea e desinteressada, independentemente de como depois a exterioriza, além dos discos que se ouve e nos deslumbram, há também concertos que por razões variadas nos ficam na memória e dificilmente se esquecem...

 

 

No passado sábado fui à Feira de São Mateus, em Viseu, para assistir ao concerto da Rita Red Shoes, um nome importante do panorama musical nacional actual e que, infelizmente pelo que constato agora, passou-me um pouco ao lado nestes últimos três anos, com excepção para Captain Of My Soul (Single de apresentação de Lights & Darks, o disco mais recente da cantora e que suportou a maior parte do alinhamento deste concerto) e Dream On Girl, a minha música preferida.

Adorei o concerto! Foi curto, mas muito conciso e incisivo.

Esta cantora e compositora faz-se acompanhar por um grupo de músicos excelente, dos quais destaco um baterista impecavelmente vestido, mas que nunca perdeu o charme e a postura apesar da exigência do instrumento e um baixista que parecia estar a divertir-se mesmo à brava! Além de tocarem na perfeição, todos eles encarnaram com evidente satisfação a componente cénica que a Rita coloca nos seus concertos. Após o jogo de néons do concerto dos REM em 1999, no Atlântico, não me lembro de ter visto um palco tão bonito e original como este da Rita, cheio de... Lights & Darks e feito de pequenos detalhes; duas esculturas que poderão representar árvores multicoloridas ou figuras humanas e dois R enormes e revestidos com lâmpadas coloridas.

Ali tudo parecia, ao mesmo tempo, bem ensaiado e espontâneo; Não foi fácil definir uma fronteira clara entre a dramatização dos gestos e da pose dos músicos e da cantora e a simples manifestação de um enorme gozo que todos estavam a sentir por estarem ali, naquele dia e aquela hora, naquele palco, para quem os quisesse ouvir, independentemente do nosso número e estado de espírito. Foi notório que estavamos perante uma banda profissional, mas cúmplice e que se diverte imenso e é muito feliz em palco! Bad Lila, a terceira música do alinhamento, foi o exemplo perfeito desta alegria espontânea de todos e da capacidade da Rita de nos transportar até outros mundos, nomeadamente o da soul. Naquele instante todos nós imaginámos que o palco era uma espécie de saloon, onde não faltava nem o piano, nem o banjo.

 

 

O final do concerto foi bastante original, com todos os músicos ao redor do teclista, a cantarem uma breve mas belíssima canção de despedida. Em suma, foi um concerto memorável, que tão cedo não vou esquecer, em especial das palavras da Rita antes de interpretar Dream on Girl, a canção de abertura do encore... O que ela disse foi mais ou menos isto;

 

"Neste mundo onde só se fala de crise e de problemas e chatices, onde não parece fácil ser-se feliz, posso dizer que a vida me corre bem porque vou tendo a oportunidade de poder fazer aquilo que gosto, de dar espectáculos e de cantar. Por isso dedico esta música a todos aqueles que, apesar de todas as dificuldades, continuam a ter a coragem de sonhar e não desistem dos seus sonhos!"

 

Dedicatória recebida Rita...

Obrigado a ti pelo concerto e acima de tudo um obrigado profundo e feliz a Ti que me acompanhaste e tiveste a ideia de irmos e estarmos ali naquele dia e aquela hora! Acabaste por me oferecer um dos momentos musicais mais belos que pude apreciar nos últimos tempos e, mesmo podendo não ter sido evidente, proporcionaste-me um dos melhores eventos que tive a oportunidade de partilhar contigo desde que sou feliz por fazeres parte da minha vida! Este é mais um dos instantes fantásticos que me tens dado e que espero conseguir retribuir pela vida fora...

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publicado por stipe07 às 22:11

Separados à Nascença #5

Domingo, 12.09.10

Dave Matthews - Vocalista Dave Matthews Band

 

Thom Hanks - Actor, Produtor e Realizador

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publicado por stipe07 às 22:06


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