man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Kurt Vile - Smoke Ring For My Halo
Kurt Vile é um jovem músico de Filadélfia e lançou no início do ano Smoke Ring For My Halo, através da Matador, o seu quarto disco e que só tive a oportunidade ouvir nos últimos dias. Este músico descende da melhor escola inde rock norte americana, quer através da forma como canta, quer nos trilhos sónicos da guitarra elécrica.
Imaginemos uma viagem à folk americana de Bob Dylan e Neil Young; Esta viagem chama-se Smoke Ring For My Halo. Ao quarto disco (o segundo para a Matador) o músico finalmente cristaliza a sua evidente capacidade artística em fabulosas canções, candidatas a clássicos e que merecem uma audição repetida. Entre elas destaco Puppet To The Man, Society Is My Friend ou a própria Smoke Ring For My Halo, músicas que reclamam um culto urgente para este cantautor da garagem rock.
Antes do disco sair a crítica interrogava-se sobre o que andaria a fazer Kurt, um rapaz de cabelo comprido, com um ar enfastiado e que se fechava no quarto a gravar com pouco equipamento e envolto em fumo. Pois bem, parece que neste álbum Kurt ainda não saiu do quarto, mas abriu uma janela e purificou o ar, porque se o álbum Constant Hitmaker apontava para a exploração de ambientes psicadélicos e enevoados e Childish Prodigy já tinha uma sonoridade bem menos inacessível, em Smoke Ring For My Halo Kurt Vile sabe bem onde quer chegar e sem negar o seu passado musical.
Talvez seja injusto admitir já que o músico atingiu uma fase de maturidade na sua carreira. No entanto será sensato escutar este disco como um sinal de mudança porque, como referi, o som sujo dos trabalhos anteriores dá lugar a uma limpeza purificadora, polindo cada pormenor das composições e desta forma retirando o melhor deles. Mas ao mergulharmos mais a fundo no disco percebemos que a sensibilidade pop e os tormentos de outros tempos continuam a fazer-se sentir porque há coisas que ficam simplesmente bem onde estão. Talvez se chame a isto saber crescer. Este é um daqueles discos que digo com agrado que mais vale tê-lo conhecido tarde do que nunca!
1. Baby’s Arms
2. Jesus Fever
3. Puppet To The Man
4. On Tour
5. Society Is My Friend
6. Runner Ups
7. In My Time
8. Peeping Tomboy
9. Smoke Ring For My Halo
10. Ghost Town